Estudantes produzem repelente natural a partir da Citronela e Cravo da Índia


Projeto de iniciação científica júnior  é desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE) da Fapeam

A fabricação do composto natural para repelir mosquitos é feito no laboratório da escola pelos alunos sob a orientação e supervisão da coordenadora do projeto, Daisy Monassa, que começou a desenvolver o projeto como alternativa simples e acessível para combater mosquitos como o Aedes aegypti e o Anopheles que são os principais agentes transmissores de doenças como a Dengue, Zika, Chikungunya, febre amarela e a malária, além de ensinar aos alunos a importância da prevenção contra essas enfermidades.

O projeto é desenvolvido através do Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), com estudantes do ensino médio, na Escola Estadual Luizinha Nascimento, no bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus.

Para produzir o repelente caseiro é preciso primeiro fazer a extração do extrato das folhas da Citronela, que é uma espécie de capim utilizado naturalmente como repelente. O composto é à base de álcool, água destilada ou mineral, óleo corporal, citronela e cravo da índia. Esse último ingrediente é acrescentado na fórmula para potencializar a ação do produto e repelir os mosquitos.

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Para produzir o repelente caseiro é preciso primeiro fazer a extração do extrato das folhas da Citronela, que é uma espécie de capim utilizado naturalmente como repelente

Os estudantes começam o preparo cortando as folhas do vegetal em tamanhos bem pequenos, em seguida depositam a citronela em uma garrafa de vidro escuro de um litro, e acrescentam a proporção de 30% de álcool para 70% de água, e 200g de cravo da índia. A garrafa deve ser fechada e envolvida em um tecido de cor preta. Em seguida, essa mistura precisa ficar guardada dentro de um armário descansando por 15 dias e longe da incidência de luminosidade. A cada dois dias essa combinação precisa ser agitada. Depois desse período o extrato já pode ser usado na composição do repelente caseiro.

Para a composição do repelente utiliza-se 150ml de óleo corporal, 150ml do extrato obtido da citronela, 350ml de álcool e 350 de água destilada ou mineral e 10g de cravo da índia, depois coloca no borrifador e o produto pode ser utilizado como repelente natural.

E foi com base no preparo dessa fórmula natural é que a professora, mestre em Biotecnologia em recursos naturais encontrou uma maneira de ensinar ciências biológicas aos alunos do 3º ano do Ensino Médio.

Para a professora o repelente caseiro é uma solução natural, rápida e barata para quem quer afastar os insetos, e pode ser uma alternativa para aquelas pessoas que não podem usar repelentes químicos muitas vezes por sensibilidade aos seus componentes.

 “A solução caseira não tem contraindicações e o prazo de validade é de seis meses. O custo para produzir um litro do produto fica em torno de R$10,00 a R$15,00. Tanto crianças quanto adultos podem utilizar a solução caseira porque é um produto natural”, garante a professora

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Bolsistas fizeram pesquisas bibliográficas sobre o princípio ativo das duas espécies vegetais: a Citronela e o Cravo da índia

bolsistas fizeram pesquisas bibliográficas sobre o princípio ativo das duas espécies vegetais, a Citronela e o Cravo da Índia e como essas substâncias se estruturariam na fórmula natural.

Para dar sustentação ao estudo experimental os bolsistas fizeram pesquisas bibliográficas sobre o princípio ativo das duas espécies vegetais, a Citronela e o Cravo da índia e como essas substâncias se estruturariam na fórmula natural. Os estudantes fizeram também pesquisas científicas sobre os mosquitos vetores de doença como o Aedes aegypti e o Anopheles e as ocorrências da dengue, Zika e Chikungunya, malária e febre amarela no Estado.

Para o bolsista do projeto, Marcos Vinícius de Oliveira, a fabricação do composto natural deu nova motivação para ele estudar e aprofundar o conhecimento científico.

“Tenho certeza de que essa experiência vai aumentar bastante os meus conhecimentos na área de biologia, além de desenvolver um trabalho que pode ser compartilhado com a comunidade”, informou o estudante

A professora informou que o repelente irá passar por testes para testar a eficácia e depois o projeto deve se estender à comunidade com um trabalho de conscientização sobre as doenças causadas por mosquitos, além de ensinar a comunidade a preparar o repelente caseiro.

“O próximo produto que queremos fazer são as velas aromáticas com ação repelente”, informou Daisy.

Para a professora o incentivo dado através da Fapeam é de suma importância para o apoio à iniciação científica na escola de ensino regular.

Por: Helen de Melo

Fotos: Said Mendonça

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