Estudo avalia a saúde e as condições de vida de moradores de rua em Manaus

O projeto terá vigência de 12 meses podendo ser prorrogado por mais 12 meses. Foto: Divulgação

O que leva uma pessoa a morar na rua? Quais as condições de vida e saúde dessas pessoas? A busca por respostas a estas questões são o foco de um estudo desenvolvido pela estudante de Serviço Social da Universidade Nilton Lins, Nayara Lopes Campos.

O projeto de pesquisa intitulado “Pessoas em situação de rua em Manaus: Um estudo sobre saúde e condições de vida”, foi contemplado pelo Programa de Apoio a Iniciação Científica (Paic) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) desenvolvido na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ).

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A estudante que cursa o 5º Período de Serviço Social ressalta que o projeto tem como objetivo identificar as condições de vida e saúde de moradores de rua na cidade de Manaus, assim como formas de acesso aos serviços de assistência social, para que se possam identificar os principais problemas de saúde entre estes moradores e como a situação de rua interfere na realidade dessas pessoas.

Campos explica que é de suma importância analisar a realidade destes, que por algum motivo saíram de seus convívios familiares para viverem ao relento. Além de lembrar que essa população faz parte da sociedade e que todos possuem os mesmos direitos. Por conta disso, a pesquisa passa a ser um fator fundamental para a sociedade em geral, pois visa desvendar a realidade e buscar possíveis propostas de intervenções para essas pessoas.

“A população em situação de rua só tem crescido, por isso estudar a real situação dessa população no município de Manaus é de extrema relevância, pois existem poucos estudos de cunho qualitativo para evidenciar as pessoas que utilizam a rua como espaço de moradia e trabalho. Sabemos que já existem iniciativas de políticas de saúde elaboradas para atender esse público específico, entretanto, ainda muito incipiente”.

METODOLOGIA

O projeto teve início com as coletas de dados junto à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que é a unidade responsável pela execução dos serviços de atenção à saúde da pessoa em situação de rua e à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasd).

O próximo passo será a pesquisa de campo, onde serão coletados dados primários e informações adquiridas através do contato direto com o sujeito por meio de observações, da história oral com entrevistas abertas, além de análise de dados dos prontuários dos sujeitos atendidos.

“Esperamos que os resultados possam trazer grandes contribuições para a aprovação e implementação do atendimento às pessoas em situação de rua e que elas possam ter  direitos e melhoria da qualidade de vida”, finalizou Campos.

Rosa Doval- Agência FAPEAM

Foto: Divulgação

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