Estudo com apoio da Fapeam pretende ampliar coleção de recursos genéticos animais do Inpa
Na coleção há materiais como sangue, tecido, penas e pelos dos quais pode ser extraído o DNA para subsidiar estudos referentes à evolução de espécies, caracterização da biodiversidade e preservação da fauna amazônica
Para ampliar o acervo da coleção de recursos genéticos animais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a pesquisadora Camila Ribas está desenvolvendo um projeto de pesquisa com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) com objetivo de organizar a coleção disponibilizando o material para consulta pública pela comunidade científica.
De acordo com ela, a coleção de recursos genéticos animais do Inpa foi criada em 2010 e é tida como pioneira. Na coleção há materiais como sangue, tecido, penas e pelos dos quais pode ser extraído o DNA para subsidiar estudos referentes à evolução de espécies, caracterização da biodiversidade e preservação da fauna amazônica.
“O projeto com aporte da Fapeam tem nos auxiliado a organizar o acervo disponível. Com isso, vamos conseguir disponibilizar as informações tanto fisicamente quanto nos bancos de dados, que são armazenados em computadores e manipulados por softwares específicos para essas coleções”, disse Camila.
Etapas
A pesquisadora informou que o projeto foi dividido por fases, sendo a inicial a organização e disposição das amostras de aves, peixes, anfíbios e répteis já existentes no Instituto, mas que se encontravam em diferentes setores.
Ela disse que a próxima fase consistiu em organizar os bancos de dados e migrá-los para uma plataforma comum a várias coleções nacionais e internacionais, tornando, ainda, os dados disponíveis em um servidor institucional para consulta pelos pesquisadores do Inpa e de outras instituições de pesquisa.
Paralelo a esta fase, também ocorre o tombamento de novas amostras e a manutenção dos acervos antigos.
O projeto de pesquisa é desenvolvido com recursos financeiros do governo do Estado por meio da Fapeam no âmbito do Programa Coleções Biológicas em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
“As coleções estão em constante crescimento e aprimoramento. Encontrar uma instituição que valoriza isso, que apoia e incentiva os cientistas, torna nosso trabalho extremamente gratificante”, disse a pesquisadora.
Ada Lima / Agência Fapeam
Fotos: Lana Santos / Agência Fapeam