Estudo indica alto potencial econômico na produção do palmito de pupunha


17/11/2011 – A necessidade de preservação e conservação dos recursos naturais como forma de garantir a qualidade de vida da população tem levado a comunidade científica a estudar formas de garantir o uso desses recursos de maneira racional e, seguindo os princípios de sustentabilidade e rentabilidade. Dentro deste conceito, a pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) é uma das culturas indicadas como alternativa econômica. Para chegar a essa conclusão, estudos com a espécie foram realizados pela pesquisadora Delci Costa Brito Freire no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Agricultura no Trópico Úmido – PPG/ATU.

O estudo  ‘Determinação do ponto ótimo para extração de palmito de pupunheira, análise nutricional e rendimento em função dos períodos pluviométricos na Amazônia Central foi,  desenvolvido para a conclusão do mestrado da pesquisadora com o apoio do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do amazonas (FAPEAM), por meio do Programa Institucional de Apoio a Pós-Graduação Stricto Sensu (Posgrad).

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style=width:A pesquisa teve como principal objetivo avaliar o ponto ótimo de corte das palmeiras para obtenção do palmito. Para isso, alguns dados foram avaliados. “O trabalho foi desenvolvido em três fases que resultaram nos três capítulos da dissertação. Durante o trabalho de campo verificamos o melhor ponto de extração do palmito de pupunheira em relação à altura da palmeira. Depois, avaliamos o rendimento do palmito em relação aos períodos pluviométricos e, em seguida, analisamos a qualidade desse palmito in natura, durante os períodos de chuva e de verão”, explicou a pesquisadora.

Técnica

Todas as análises, segundo a pesquisadora, foram realizadas no período de novembro de 2009 a maio de 2010. “Os resultados foram positivos e podem ser apontadas como um bom negócio para agroindústria de palmito, principalmente pelo rápido desenvolvimento da espécie. A pupunheira é uma excelente alternativa, por suas características de rápida adaptação, perfilhamento e uma qualidade ímpar, especialmente pelo sabor sem igual desse palmito”, afirmou.

Através dos estudos foi possível identificar que o melhor ponto para a extração do palmito é quando a pupunheira atinge a altura entre 1,60 a 1,79 metros. “Nessa altura o palmito está ótimo para colheita. E vale lembrar que, quanto mais tempo o agricultor levar para colher, menos remunerado o negócio vai ser. Tem ainda a questão dos nutrientes, que neste ponto estão altamente concentrados”, salientou.

Bons negócios

Apesar da produção tímida desse tipo de negócio na região, os resultados indicam que esse é um excelente agronegócio. A pupunheira é uma espécie de palmeira que já está adaptada à nossa região, segundo informações da pesquisadora. Por esse motivo é uma espécie que se desenvolve e perfilha rápido. “Na primeira colheita o agricultor vai ter o palmito apenas da palmeira mãe, e isso leva em torno de um ano desde o plantio até a chegada do ponto ótimo de colheita, quando essa palmeira for cortada, ela já terá alguns brotos ao seu redor, que logo se desenvolverão o que vai fazer o agricultor ter mais palmeiras em uma mesma touceira”, explicou.

Osrc=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/pupu3.jpgutro fator interessante dessa espécie é que ela não tem espinhos em sua base. “Isso a coloca em vantagem em relação às demais espécies. Além disso, esse palmito é considerado ecologicamente correto. Para a região é uma vantagem esse tipo de agronegócio por vários motivos, mas principalmente pela alta produtividade por hectare”.

A alta concentração de nutrientes mesmo em épocas de períodos secos também contribui para o incentivo dessa produção. “O período de chuva é indicado como a época em que palmito estaria rendendo mais. Apesar das diferenças de peso e tamanho, esses índices, nessa espécie, não são expressivos. Outro comparativo é em relação aos nutrientes que quanto menor a quantidadede  de chuvas maior é a concentração de nutrientes, fatores que possibilitam o agricultor colher palmito o ano inteiro”, ressaltou.

Sobre o Posgrad

O Programa Institucional de Apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu  consiste em apoiar, com bolsas de mestrado e doutorado, e auxílio financeiro, as instituições localizadas no Estado do Amazonas que desenvolvem programas de pós-graduação Stricto Sensu credenciados pela Capes.

 

Rosilene Corrêa – Agência FAPEAM

 

 

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