Fapeam apóia estandes na Estação Ciência
As expectativas para o primeiro dia da IV Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Amazonas foram superadas. Mais de mil pessoas, entre crianças, estudantes secundaristas, graduandos, professores e pesquisadores visitaram, nesta segunda-feira, primeiro dia de exposição, os 48 estandes da Estação Ciência, no Centro de Convenções Studio 5.
Jogos educativos, palestras, oficinas e apresentações de grupos de teatro e de música, são algumas das atividades que estão sendo realizadas na Estação Ciência, por pesquisadores e alunos de diversas instituições de ensino e pesquisa do Estado. O objetivo falar de ciência de forma simplificada e interativa, para que o público conheça as principais ações e pesquisas no âmbito da C&T.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), além de possuir estande próprio, com diversas atividades lúdicas e material de divulgação de seus programas de apoio à ciência e a tecnologia, apóia vários projetos aprovados por outras instituições e que estão sendo expostos na Estação Ciência.
Sob a coordenação da pesquisadora Taís Galvão, o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), em parceria com o Centro de Informações Toxicológas do Amazonas, apresenta em seu estande os resultados de projetos que visavam mapear as ocorrências de incidentes com substâncias tóxicas em Manaus. O estande também procura conscientizar as pessoas do risco dessas substâncias e conta com uma maquete de uma casa onde demonstra-se as áreas de risco de intoxicação.
O estande da Fundação Oswaldo Cruz, coordenado pela pesquisadora Paloma Shimabukuro, pretende conscientizar, através de vídeos, jogos educativos e oficinas, a importância da preservação da água e instruir as pessoas sobre a qualidade da água, alertando dos riscos de transmissão de doenças e dos focos dos vetores destas.
A Casa da Física, vinculada ao Departamento de física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), está realizando a exposição de um projeto coordenado pelo professor José Pedro Cordeiro, que consiste na utilização de materiais recicláveis e comuns para ensinar as teorias e os fundamentos da física, de uma maneira simples e dinâmica, para alunos de mais de 60 escolas da rede pública do Amazonas. Na semana de C&T, esses alunos estão como expositores, para mostrar aos visitantes tudo o que aprenderam no projeto, monitorados por bolsistas da Casa da Física.
A Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) apresentou o resultado de três projetos realizados por alunos do ensino médio e pós-médio com apoio da Fapeam, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr). Para o professor Lauro Neto, a experiência é muito positiva. “Na minha época de estudante não havia esse tipo de incentivo para projetos. É muito importante a iniciativa, pois forma muito cedo pesquisadores para auxiliarem a sociedade”, afirma.
O Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciências da Comunicação, Informação, Design e Artes (Interfaces) está presente na feira com um estande onde apresenta a produção do grupo desde sua criação. “A estrutura atual do grupo deve-se ao projeto “A História dos Meios de Comunicação”, apoiado pela Fapeam junto com o CNPq por meio do Programa Primeiros Projetos (PPP). Foi esse projeto que permitiu que o Interfaces torna-se um grupo de pesquisa e hoje almeja tornar-se um centro de pesquisas”, avalia o coordenador do grupo Gilson Monteiro.
A Semana Nacional de C&T no Amazonas termina no dia 6, com a Travessia da Ciência. Trata-se de uma atividade da Fapeam, voltada para os passageiros da travessia Manaus-Cacau Pirêra. As balsas Boto Navegador I e Boto Navegador II terão a presença de pesquisadores que farão palestras e apresentação de trabalhos para os passageiros, das 8h às 17h.
No total, oito pesquisas serão apresentadas, duas a cada turno, com meta de atingir um público de 3,5 mil pessoas ao dia. A prioridade da instituição é apresentar resultados de pesquisas desenvolvidas no âmbito do Programa Jovem Cientista Amazônida (JCA), nos municípios de influência da travessia, como Iranduba e Manacapuru, e que envolvem estudantes e professores de escolas das áreas urbana e rural.
Essa atividade conta com a apoio da Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas.
Caio Mota
Hemanuel Jhosé
Agência Fapeam