FAPEAM divulga projetos aprovados no BIOCOM

30/07/2010 – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, divulgaram o resultado com a homologação das propostas submetidas ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias para a Produção de Biocombustíveis no Estado do Amazonas (BIOCOM).

Ao todo foram aprovados seis projetos que serão desenvolvidos por pesquisadores de instituições do Amazonas. Os projetos aprovados foram: Prospecção de Cepas Fúngicas Amazônicas para aproveitamento de subprodutos da cadeia produtiva de biodiesel visando compostagem e produção de biocombustível de 2° geração; Conservação e melhoramento genético em pinhão manso no Estado do Amazonas; Emprego de óleos vegetais de espécies amazônicas nativas com alto índice de acidez na produção de biodiesel etílico; Estudo do aproveitamento do resíduo da gordura de cupuaçu para produção de biodiesel; Produção de lipases fúngicas utilizando subprodutos da cadeia produtiva do biodiesel de tucumã; e Aproveitamento de resíduos de madeira e avaliação do potencial de espécies florestais para a produção de biocombustível.

As instituições contempladas foram a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), cujos pesquisadores devem executar os projetos selecionados no prazo de 24 meses.

Os projetos vão receber valores que variam de R$ 92 mil a quase R$ 300 mil, sendo que, no total, FAPEAM e CNPq vão disponibilizar recursos superiores a R$ 1,3 milhão a serem liberados de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira das duas agências.

Exemplo

O projeto, “Prospecção de Cepas Fúngicas Amazônicas para aproveitamento de subprodutos da cadeia produtiva de biodiesel visando compostagem e produção de biocombustível de 2° geração”, será coordenado pela doutora em Evolução Genética e professora da UEA, Antônia Queiroz Lima de Souza.

Segundo a pesquisadora, o trabalho será uma oportunidade para se conhecer a biodiversidade amazônica. “O nosso objetivo é estudar e usar resíduos da cadeia produtiva do Amazonas. Vamos poder utilizar os resíduos agrícolas e transformar em compostagem para fertilizar os solos de plantações. Será um conhecimento muito rico para o meio científico”, destacou.    

A pesquisa que está prevista para começar em novembro de 2010 contará com três bolsistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e cinco da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que serão acompanhados por profissionais da universidade de Granada, na Espanha e da Universidade de São Paulo (USP).

Linhas Temáticas

O Edital contemplou linhas temáticas nas quais as propostas tiveram que ser enquadradas, entre elas destacam-se a avaliação do potencial produtivo de espécies florestais nativas destinadas à produção de biocombustíveis, desenvolvimento ou adequação de processos e equipamentos para a obtenção de óleos “in natura” em comunidades isoladas e viabilização de  tecnologias para a substituição do carvão vegetal e lenha a partir de coprodutos da cadeia produtiva de biocombustíveis.

Saiba mais sobre o BIOCOM

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias para a Produção de Biocombustíveis no Estado do Amazonas visa apoiar atividades de pesquisa com aporte de recursos financeiros a projetos que visem à promoção do desenvolvimento científico, tecnológico ou de inovação, na área de biocombustíveis,  contribuir com o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnologias alternativas voltadas à produção e ao uso de biocombustíveis, visando à auto-sustentabilidade energética das comunidades do interior do Estado do Amazonas, como iniciativa de inclusão social e desenvolvimento regional e incentivar a parceria entre grupos de pesquisas nas linhas temáticas identificadas como prioritárias.

Confira a Decisão nº 101/2010 com mais detalhes sobre os projetos aprovados aqui.

Vanessa Leocádio – Agência Fapeam

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