De acordo com o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, a iniciativa visa contribuir com a formação de novos doutores e acelerar essa formação, uma vez que o aluno sem bolsa precisa trabalhar e estudar ao mesmo tempo, dedicando um tempo menor para a formação.

Até o final do próximo ano, a Fapeam quer atingir a meta de 200 bolsas financiadas a estudantes de doutorado no Estado. Esse número, segundo o presidente da instituição, representa um terço do total de doutores do Amazonas. “É uma meta simbólica, porque ao longo de 30 anos as instituições de ensino conseguiram formar cerca de 600 doutores, e a Fapeam, em pouco mais de quatro anos de existência já financia quase um terço desse total”, disse Sena.

Atualmente, a Fapeam financia 146 bolsas de doutorado para estudantes do Amazonas ou que moram há mais de cinco anos no Estado. “Essa meta de atingir 200 bolsas até o final de 2008 nem é tão ousada, porque já estamos próximos desse número”, disse Sena. Até o dia 22 deste mês, só a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) havia encaminhado resposta ao ofício da Fapeam, informando que tem uma demanda de 15 alunos de doutorado sem bolsa.

Para ter direito à bolsa o estudante precisa residir há mais de cinco anos no Amazonas; ter, preferencialmente, desenvolvido projeto de iniciação científica; estar cadastrado no sistema de currículo Lattes do CNPq e no cadastro de pesquisadores da Fapeam; estar regularmente matriculado em curso de pós-graduação stricto sensu credenciado pela Capes; não ser aluno em programa de residência médica; dedicar-se integram e exclusivamente às atividades do programa de pós-graduação; não ter bolsa da Fapeam ou de outra agência de fomento para estudos no mesmo nível. No caso de vínculo empregatício, o aluno precisa ser liberado da instituição com que tiver vínculo.

A Fapeam disponibilizou R$ 3,3 milhões para financiamento de bolsas de mestrado e doutorado este ano, de acordo com o edital do POSGRAD, publicado no mês passado. As bolsas de doutorado são de R$ 1,5 mil.

A formação de doutores, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi iniciada na década de 1970 no Amazonas, por iniciativa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).