Fapeam fomenta pesquisa científica dentro da escola


14/02/2013- Há nove anos uma ideia inovadora foi colocada em prática com intuito de mudar o método de ensino e pesquisa nas escolas, fazendo com que os alunos se tornassem pequenos cientistas e fossem os protagonistas da construção do avanço da ciência no Estado do Amazonas.

Assim nasceu o Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Em 2004, em um projeto-piloto, a FAP lançou o primeiro edital do programa que, anos depois, se transformaria em um dos programas de maior da Fundação.

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Naquele ano, sete projetos foram aprovados e a FAP do Amazonas investiu R$ 156,8 mil. A semente estava plantada. Hoje, oito anos depois, participam do PCE alunos a partir do 6º ano da educação básica até a terceira série do Ensino  Médio e professores de escolas públicas municipais e estaduais.

Municípios como Alvarães, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Canutama, Careiro, Coari, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Juruá, Lábrea, Manacapuru, Manicoré, Maués, Nhamundá, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Tefé, Uarini e Urucurituba são atendidos pelo programa e os professores podem submeter seus projetos ao programa.

“Ao longo da trajetória foi um aprender constante, um processo de experimentação. Iniciamos com um projeto-piloto e hoje nos temos um projeto de ampla inserção no interior do Estado e na capital”, ressaltou a diretora-presidente da FAPEAM, Maria Olívia Simão.

Desde 2004, aproximadamente 1,2 mil projetos foram contemplados pelo PCE beneficiando diretamente 7,7 mil alunos. A FAPEAM investiu ao longo desse período, aproximadamente, R$ 14,2 milhões em parceria com as secretarias de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (Seduc-AM) e Municipal de Educação (Semed).

A diretora-presidente da FAPEAM, Maria Olívia Simão, ressaltou a mudança de visão no cenário da pesquisa científica no Amazonas após a criação do PCE. Segundo ela, após o programa, houve uma desmistificação de que ciência só se faz no espaço das instituições de pesquisa.

“O PCE é um novo paradigma para a educação científica brasileira. Antes, o modelo era que se tinha de levar o estudante para dentro da instituição de pesquisa. Hoje, com o PCE, nos levamos pela primeira vez a pesquisa para dentro da escola. Isso é uma mudança de visão de como se fazer ciência. Com o programa, a escola deixa de ser um espaço de reprodução do conhecimento para ser um espaço proativo de construção do conhecimento”, disse Simão.

Diferencial

/ Em 2011, a FAPEAM lançou por meio do Programa Ciência na Escola um edital específico para a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) para incentivar a participação de professores e estudantes em projetos de pesquisa a serem desenvolvidos em escolas públicas estaduais localizadas nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, Mamirauá, Rio Negro e Uatumã e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro.

No primeiro edital, em 2011, foram aprovados 11 projetos de pesquisa nos municípios de Novo Airão, Novo Aripuanã e Uarini beneficiando 11 professores e 66 alunos. A FAPEAM investiu R$ 141,3 mil nos projetos de pesquisa.

Dois anos depois, no edital deste ano, a FAP financiará dois projetos da RDS Juma e Uatumã. Serão investidos R$ 21,2 mil no desenvolvimento de projetos de pesquisa por 14 alunos e duas professoras.

A diretora-presidente da FAPEAM, Maria Olívia Simão, informou que a cada ano a equipe técnica da Fundação pensa em um diferencial para o edital do Programa Ciência na Escola. “Não existe ciência inferior ou superior, a única ciência que nos interessa é a de qualidade e esse tem sido um evoluir do programa”, disse a diretora.

Desde o ano passado, a FAPEAM tem investido em oficinas de formação, destinadas aos professores para que eles possam aprender técnicas de elaboração de projetos científicos.

Nesse ano, em parceira com a Seduc-AM e a Semed, o diferencial será o processo de formação aplicado aos professores. A presidente da FAP informou que os professores que não tiveram os projetos aprovados participaram de um curso de formação para aperfeiçoarem os projetos para que possam disputar o próximo edital, com previsão para ser lançado no segundo semestre deste ano.

“Nosso maior desafio é estar em todos os municípios do Amazonas. Em 2013, iremos chegar muito próximo de todos os municípios, com servidores da Fap acompanhando os professores para aprovarmos projetos por mérito”, disse Maria Olívia Simão.

Último edital

A FAPEAM divulgou no dia 14 de janeiro a relação dos projetos aprovados no último edital do Programa Ciência na Escola (PCE). Serão financiados 337 projetos de pesquisa com aporte financeiro superior a R$ 4,3 milhões ao longo dos próximos seis meses.

Deste valor, R$ 2,8 milhões são destinados a pagamentos de bolsas aos 2,3 mil bolsistas, entre eles, estudantes de Iniciação Científica (ICs), professores e técnicos a serem vinculadas aos projetos.

Os projetos têm duração de seis meses e são realizados nas instituições de ensino na qual o aluno é matriculado em horários que não entrem em conflito com as aulas. Ao final dos seis meses, os alunos tem de apresentar para a FAPEAM o resultado final da pesquisa com uma apresentação de 15 minutos e um banner.

 

Camila Carvalho – Agência FAPEAM

 

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