FAPEAM investe R$ 2 milhões para alavancar ecossistema de inovação

O lançamento do Edital Pró-Incubadoras ocorreu durante a mesa-redonda ‘Desafios para consolidar o empreendedorismo inovador na Amazônia’. (Foto: Érico Xavier/Agência FAPEAM)
Para alavancar o ecossistema de inovação do Amazonas, o governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) lançou, na última sexta-feira (7), o Edital do Programa de Apoio à Incubadoras – Pró-Incubadoras (Edital 019/2014). São R$ 2 milhões para financiar até 15 propostas.
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O lançamento ocorreu durante a mesa-redonda ‘Desafios para consolidar o empreendedorismo inovador na Amazônia’, que fez parte da programação da 11ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT). A Semana começou na última quinta-feira (6) e se encerrou na sexta-feira (7). No Amazonas, A SNCT é organizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/AM).
A submissão das propostas pode ser feita pelo sistema SigFapeam até o dia 9 de fevereiro de 2015. A documentação deverá ser entregue no protocolo da instituição até o dia 10 de fevereiro. Os resultados serão divulgados a partir do dia 30 de março, com a implementação prevista para o mês de abril.
Quando comparado com o primeiro Edital (011/2012), a novidade do Pró-Incubadora está por conta no aumento do valor disponibilizado, que saltou de R$ 1,7 milhão para R$ 2 milhões. Outra novidade fica por conta da entrada da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismo de Tecnologias Avançadas (Anprotec), para apoiar a melhoria da gestão das incubadoras e a sua certificação no modelo do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendedores (Cerne), complementando a iniciativa de apoio às incubadoras iniciada com o Pró-Incubadoras no biênio anterior.
Conforme a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, o sucesso do Edital 011/2012 levou a reedição do mesmo. Ela explicou que foi feito um mapeamento, no qual se observou iniciativas pioneiras no campo da inovação. “Criamos duas incubadoras no interior do Estado, a do Instituto Mamirauá, no município de Tefé (distante 575 quilômetros da capital), e a da Fundação Amazonas Sustentável (FAZ), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS/Rio Negro”, exemplificou.
Segundo Maria Olívia, o Amazonas possui atualmente 14 incubadoras, distribuídas na capital e nos municípios de Presidente Figueiredo, Autazes e Tefé. Ela disse que estão trabalhando para implantação de novas unidades em Parintins e Coari, tendo como base o modelo Cerne. Contudo, não é qualquer município que poderá ter uma incubadora. “É preciso que as localidades tenham instituições de pesquisas instaladas, por exemplo, o Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e/ou Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além de acesso à internet, por exemplo. Os modelos de desenvolvimento são feitos conforme as características de cada município”.
Parceria Certi e FAPEAM
Para fechar lacunas no ecossistema de inovação do Amazonas, a FAPEAM está também finalizando uma parceria com o Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi/Amazônia). O objetivo é ampliar o surgimento de empreendimentos inovadores e fortalecer a cultura do empreendedorismo inovador, o qual visa a implantação do Sinapse de Inovação no Amazonas.

Giagio disse que a principal exigência é que o negócio seja inovador, e deve-se trazer algo diferente para o mercado local. (Foto: Érico Xavier/Agência FAPEAM)
O diretor do Instituto Certi Amazônia, Marco Antônio Giagio, explicou que no momento estão no processo de contratação de projetos, a partir do apoio da FAPEAM. A intenção é fazer uma chamada de apoio para que candidatos a empreendedores possam receber apoio técnico e conhecimentos sobre os procedimentos para a preparação de um plano de negócios. “O objetivo é preparar os futuros empreendedores para concorrer aos recursos disponibilizados pela FAPEAM”, explicou.
De acordo com Giagio, primeiramente será feita uma ampla divulgação e estruturação local. Ele disse que irão envolver universidades e institutos, órgãos públicos para motivar e incentivar a participação de empresas. “A principal exigência é que o negócio seja inovador. Deve-se trazer algo diferente para o mercado local. Os projetos podem ser na área de biotecnologia, tecnologia da informação, uso dos produtos tradicionais da região. Também podem ser produtos e processos”, afirmou.
Giagio disse que estão esperando a formalização dos contratos para poder iniciar os trabalhos. “Cremos que em 30 dias teremos tudo finalizado. Logo após, iremos sentar com a FAPEAM para iniciarmos esse movimento, que irá envolver as incubadoras existentes, órgãos públicos de fomento e desenvolvimento tecnológico. Uma ampla rede de parceiros que será mobilizada”.
Benefícios
Serão concedidos os seguintes benefícios às propostas selecionadas. Auxílio financeiro (custeio e capital), sendo até R$ 100 mil para projetos inscritos na modalidade 1; e até R$ 150 mil para projetos submetidos à modalidade 2. Também será concedida uma bolsa por projeto.
Luís Mansuêto – Agência FAPEAM