FAPEAM lança edital para fortalecer incubadoras de base tecnológica
09/05/12 – No Brasil já são mais de 16 mil empresas instaladas em 384 incubadoras em todas as regiões do País. Os dados foram constatados por meio do Estudo, Análises e Proposições sobre as Incubadoras de Empresas no Brasil realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) junto com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
É nesse sentido que na próxima terça-feira (15/05), o Governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) lança a 1ª Edição do Programa de Apoio a Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica (Pró-Incubadoras), em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM) com o objetivo de fortalecer as incubadoras regionais.
O lançamento ocorrerá no âmbito do 5º Fórum de Inovação do Estado do Amazonas, às 14h30, no Auditório Nelson Falcão da Faculdade Martha Falcão (Rua Natal, 300, Adrianópolis).
Segundo a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, o programa visa fortalecer o movimento de incubadoras, preferencialmente de base tecnológica nos municípios amazonenses, via apoio técnico, econômico e financeiro de incubadoras já implantadas no Estado.
Maria Olívia explicou ainda que o Programa faz parte do Plano de Ação 2012/2013 da FAPEAM e consiste em uma forma de alavancar negócios inovadores, tendo a estrutura ofertada pelas incubadoras como uma estratégia a mais para promover a inovação no Amazonas.
De acordo com o titular da Secti-AM, Odenildo Sena, a iniciativa é estratégica na medida em que se trata de uma ação que vem dando certo no Brasil inteiro e tem projetado uma série de empresas com garantia de atuação no mercado, propiciado a geração de novos produtos e patentes, além de contribuir para o aumento do número de empregos e a melhoria da qualidade de vida da população. “Quanto maior o número de empresas incubadas, mais cresce a perspectiva de avanço do setor industrial no Estado”, afirmou o secretário.
Pró-Incubadoras
O Pró-Incubadoras também pretende promover sinergia entre as incubadoras atuais, propiciando fortalecimento para o movimento como um todo e também o próprio envolvimento de outras entidades públicas responsáveis pelo desenvolvimento regional, como Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AM), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) entre outros.
“O fortalecimento das incubadoras existentes, de forma a torná-las autossustentáveis e o próprio processo de criação de novas incubadoras, tem sido pauta de discussão do governo e apontado como alternativa de extrema importância para o desenvolvimento da região”, salientou Maria Olívia.
Atualmente, o Amazonas conta com oito incubadoras instaladas na capital e outras incubadoras estão surgindo no interior do Estado. Apesar dos esforços empreendidos por diversas instituições, tanto públicas quanto privadas, o movimento e cultura de incubação de empresas no Amazonas necessita se intensificar para que apresente resultados sólidos e sustentáveis.
Incubadoras: cenário nacional
No levantamento nacional do MCTI e Anprotec, constatou-se ainda que 55% das empresas desenvolvem produtos em nível nacional, 28% têm atividades voltadas para a economia local e 15% alcançam o mercado internacional. Quase dois terços (58%) das empresas têm como foco o desenvolvimento de novos produtos ou processos oriundos de pesquisa científica e 38% pontaram a inserção de arranjos produtivos locais (APLs) de alta tecnologia.
“Através desses números percebemos a importância que as incubadoras têm para propiciar uma oportunidade de negócios, principalmente os negócios inovadores e é isso que nós queremos", destacou a diretora-presidenta da FAPEAM.
De acordo com Maria Olívia, o Amazonas tem poucas incubadoras e uma apenas é robusta. "Queremos potencializar esse espaço de empreendedorismo no Estado não só pra alavancar o empreendedorismo, mas principalmente para gerar empreendedorismo de negócios inovadores, haja vista o potencial do Amazonas com insumos regionais e matérias-primas que precisam ser industrializadas e comercializadas", disse.
Mara Olívia ressaltou ainda que os recursos aportados pelo Governo do Amazonas são importantes para consolidar a rede de incubação, de modo que possam gerar empresas inovadoras de sucesso, com alto potencial de crescimento econômico e inserção em mercados competitivos.
Rosilene Corrêa – Agência Fapeam