Fapeam participa de debate sobre bioeconomia na Amazônia
Evento debate estratégias de forma conjuntas com instituições e autoridades do governo para o desenvolvimento da Bioeconomia para a região Amazônica
Unir viabilidade econômica ao desenvolvimento sustentável e sua aplicabilidade na Amazônia serão assuntos debatidos durante o Seminário Internacional Bioeconomia e Inovação Verde na América Latina e Caribe. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) marca presença no evento que ocorre, nos dias 17 e 18, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul de Manaus.
Promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com a FAS, com apoio da Fapeam e Governo do Amazonas, o encontro reúne representantes de instituições de ensino e pesquisa e órgãos governamentais para debater de forma conjunta o futuro da bioeconomia e biotecnologia na região Amazônica.
Durante o evento, o diretor-presidente da Fapeam, Edson Barcelos, destacou que a Fundação já atua por meio de programas na área da pesquisa e inovação direcionadas para a Bioeconomia. Ele citou como exemplo o programa Sinapse da Inovação. Lançado em 2015, o programa teve como objetivo transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso, além de fortalecer o empreendedorismo, cenário inovador e econômico no Amazonas.
Segundo Barcelos, 80% dos projetos desenvolvidos no programa foram voltados para o segmento. Ele ressaltou ainda que a bioeconomia é uma área importante, mas o caminho para alcançá-la é por meio da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), além da dedicação de toda a equipe envolvida no processo.
“Sabemos que o Brasil ainda não é muito forte em transformar nossas riquezas, principalmente da biodiversidade em produtos ou processos. A Fapeam entra investindo na formação de recursos humanos e por meio da parceria com as instituições internacionais, para que possamos dar saltos tecnológicos com inovação, de forma que a gente saia do potencial e chegue até a geração de emprego e renda, com produtos no mercado que sejam comercializados no mercado nacional e internacional”, acrescentou.

Diretor técnico-científico da Fapeam, Dércio Reis, também disse que a instituição já vem atuando dentro do novo cenário da bioeconomia
O diretor técnico-científico da Fapeam, Dércio Reis, também disse que a instituição já vem atuando dentro do novo cenário da bioeconomia, não necessariamente dentro do formato tradicional, mas através dos editais dos programas que a Fapeam já promove ao longo de 15 anos.
“Desde 2008, a Fapeam já participa desse movimento de financiamento a projetos de inovação, através dos convênios que ela mantém com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Por meio dessa parceria, já foram lançados 6 editais de programas de subvenção econômica como o Pappe Integração e Tecnova. Um programa novo que vamos lançar em breve é o Centelha que também tem esse papel de fomentar a inovação. A ideia desse programa é pegar empresas que queiram criar novos processos, novos bens e fomentar isso com um viés muito grande de trazer a inovação para dentro dessas empresas e mantê-las competitiva no mercado”, informa Reis.
Reis disse ainda que a Fapeam tem um papel fundamental que é o de selecionar bons projetos e investir em áreas estratégicas que venham trazer novos conhecimentos. O objetivo principal da Fundação é fazer com que os resultados do fomento a CT&I no Estado alcance a sociedade.
Para o superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana, o momento é oportuno para a construção de uma agenda colaborativa em prol do desenvolvimento sustentável da região.
“Nosso objetivo é construir uma agenda de colaboração entre instituições do Amazonas e de organizações como o BID, visando estimular o desenvolvimento da bioeconomia como uma alternativa econômica necessária para a Zona Franca de Manaus. A Amazônia tem possibilidades econômicas importantes a partir da biodiversidade, e nosso objetivo é desenvolver valorizando a floresta em pé e os povos da floresta”, disse.
O representante do BID no Brasil, Hugo Flórez, destacou que para desenvolver a Bioeconomia no Estado, primeiramente, é preciso pensar em desenvolver um plano de desenvolvimento sustentável, e que esse plano tem que está relacionado com todos os eixos importantes para se fazer uma política de Estado, além de ver temas como educação, infraestrutura, temas econômicos,como, por exemplo, tributários promover investimentos privados. Ele disse ainda que tudo isso precisa de um diálogo amplo e um apoio de participação ativa do setor privado e centros de pesquisa.
Por: Helen de Melo
Fotos: Barbara Brito