Fapeam terá sete editais no primeiro trimestre de 2008


A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) se prepara para lançar sete editais no primeiro trimestre de 2008, três deles de programas inéditos. O calendário de editais 2007/2008 da instituição prevê o lançamento de três programas no mês de fevereiro e quatro a partir de março. Os sete programas têm previsão de investimentos de R$ 13 milhões e de beneficiar mais de 800 pesquisadores e estudantes de diversos níveis do ensino.

No segundo mês de 2008 está previsto o lançamento do edital para o Programa de Apoio a Redes de Pesquisa no Estado do Amazonas (Rede Ciência). Esse programa se destina a apoiar, com bolsas de estudo, pesquisadores interessados na criação e consolidação de redes de pesquisa. Com R$ 3 milhões de investimentos, a Fapeam deve apoiar até dez redes de pesquisa.

Outro edital para fevereiro é o do Programa Institucional de apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu (Posgrad). A meta é apoiar, com bolsas de mestrado, doutorado e auxílio financeiro às instituições localizadas no Estado do Amazonas que desenvolvem programas de pós-graduação Stricto Sensu credenciados pela Capes. Para esse programa a previsão de investimento é de R$ 3,305 milhões para beneficiar até 195 estudantes de mestrado e doutorado.

Ainda em fevereiro deve ser lançado o edital do Programa de Apoio à Difusão da Ciência no Amazonas (Divulga Ciência). Com recursos que somam R$ 400 mil, a Fapeam visa apoiar, com auxílio-pesquisa, pesquisadores interessados em disseminar o conhecimento científico por meio de cartilhas, oficinas de transferência de tecnologias e outros produtos de difusão da ciência.

Em março, a previsão é de lançamento do Programa de Inovação Tecnológica (PIT), Programa Amazonas de Integração da Ciência para os Povos Indígenas (Paici Indígena), Programa Amazonas de Inovação Tecnológica (PAIT) e Programa de Apoio à Iniciação Científica do Amazonas (PAIC).

O PIT destina auxílio-pesquisa e bolsas a pesquisadores de institutos de tecnologia públicos e privados interessados em desenvolver projetos de inovação tecnológica em parceria com empresas. De acordo com o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, o PIT é uma versão local (com financiamento exclusivo da Fapeam) do Programa de Apoio a Pesquisa em Micro e Pequenas Empresas (PAPPE), mas com uma diferença: enquanto o PAPPE insere dinheiro nas empresas, o PIT vai investir diretamente nos institutos de pesquisa. “A preocupação desse programa é que os pesquisadores desenvolvam projetos de inovação tecnológica voltados para o aprimoramento de produtos da região”, disse Sena. Podem ser feitas até 20 parcerias com empresas, que dividirão R$ 2,5 milhões previstos para esse novo programa.

O Paici Indígena, outro programa inédito da Fapeam, apóia, com bolsas de estudo e auxílio-pesquisa, estudantes indígenas aprovados em cursos de graduação de instituições de ensino superior para o desenvolvimento de projetos de iniciação científica. A meta é beneficiar até 100 estudantes, com investimento total de R$ 500 mil.

A Fapeam já financia o Paici, voltado para alunos do interior do Estado que estudam na capital em cursos de Ciências da Saúde da UEA. Eles recebem bolsas de estudo para desenvolver projetos de iniciação científica. “O Paici Indígena é uma vertente do Paici voltada para os estudantes indígenas. A diferença é que ele não estará voltado apenas para estudantes da UEA, mas de qualquer instituição de ensino pública ou privada”, disse o presidente da Fapeam.

Os estudantes de graduação de instituições públicas e privadas do Amazonas envolvidos no desenvolvimento de projetos de inovação e empreendedorismo também terão a chance de receber financiamento da Fapean, através do PAIT, o terceiro programa inédito previsto para 2008. A instituição vai destinar R$ 500 mil para beneficiar até 50 estudantes. Esse programa, segundo o presidente da Fapeam, é semelhante aos programas de iniciação científica local (PAIC) e federal (PIBIC), mas tem o mérito de ser voltado exclusivamente para financiamento de projetos de inovação tecnológica e empreendedorismo.

Por fim, o PAIC, o maior programa de apoio a estudantes de graduação, vai destinar R$ 2,820 milhões para apoiar, com recursos financeiros e bolsas institucionais, estudantes interessados no desenvolvimento de pesquisa. Neste programa, a previsão é beneficiar 510 estudantes.

 
Mudança de data

 
Outros três programas, previstos para terem editais lançados em novembro deste ano, ficaram para o primeiro semestre de 2008: Programa de Apoio à Qualidade do Ensino Público (Pró-Ensino); Programa Ciência na Escola (PCE) e Programa de Apoio à Pesquisa em Biocombustíveis no Amazonas (Biocom). O diretor-presidente da Fapeam, Odenido Sena, afirmou que a mudança de data deve-se, principalmente, à complexidade dos programas, o que atrasou a formatação dos editais. Dois desses programas são novos.

O Pró-Ensino visa apoiar, com auxílio-pesquisa e bolsas de estudo, pesquisadores interessados em desenvolver pesquisas, em parceria com escolas da rede pública, que venham a contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. Para Sena, o Pró-Ensino tem dupla importância: primeiro, porque conseguiu parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que vai investir 50% dos recursos (cada instituição destinará R$ 1,5 milhão); segundo, porque a Fapeam não tinha programa de pesquisa voltado para a qualidade do ensino. “Os indicadores educacionais têm mostrado um fraco desempenho dos nossos alunos, e isso só se resolve com pesquisa”, disse Sena.

Outro programa inédito é o Biocom. Visa o financiamento de bolsas e auxílio-pesquisa aos interessados em desenvolver estudos científicos e inovação tecnológica voltados para o setor de biocombustíveis. A Fapeam destinará R$ 1,5 milhão para até cinco grupos de pesquisa.

O terceiro programa também tem parceria com a Seduc. O PCE destina recursos para inserir estudantes do ensino fundamental e médio no desenvolvimento de projetos de pesquisa em escolas públicas. A intenção desse programa, segundo o presidente da Fapeam, é despertar no adolescente o interesse pela pesquisa. “Esse programa coloca o aluno do ensino fundamental e médio em contato com o fascínio da pesquisa”. Com recursos de R$ 2,4 milhões (R$ 1,2 milhão de cada instituição), o programa deve financiar até 40 projetos de pesquisa.

Valmir Lima – Agência Fapeam

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