Fapesp e Microsoft Research criam instituto de pesquisa
O objetivo é formar uma rede de pesquisadores capazes de criar novos conhecimentos que contribuam para expandir as capacidades da tecnologia de computação para atender mais e melhor os desafios sociais e econômicos de comunidades desfavorecidas, rurais e urbanas.
Os principais temas de interesse do Instituto Microsoft Research-FAPESP de Pesquisas em TI são o desenvolvimento de conhecimentos aplicáveis à diversidade e heterogeneidade dos possíveis usuários, com impactos em governo eletrônico, saúde, educação continuada e plataformas que permitam a integração de ferramentas de comunicação ao aprendizado eletrônico.
“É importante destacar a vocação social dessa parceria, que representa um primeiro passo no sentido de consolidar condições para a conquista de objetivos maiores para a ciência, a tecnologia e o desenvolvimento do país”, disse Carlos Vogt, presidente da FAPESP.
O convênio prevê o investimento inicial de US$ 800 mil, sendo US$ 250 mil de cada instituição no primeiro ano e US$ 150 mil de cada uma no segundo.
“A parceria com a FAPESP representa um compromisso importante com universidades e centros de pesquisa brasileiros e reforça o comprometimento da Microsoft com a educação em todos os níveis. Trata-se de uma excelente oportunidade para fomentar pesquisas que resultem em grande importância para a sociedade”, disse Henrique Malvar, diretor-geral da Microsoft Research.
Nascido no Rio de Janeiro, Malvar foi professor da Universidade de Brasília, onde fundou, em 1987, o Grupo de Processamento Digital de Sinais do Departamento de Engenharia Elétrica. Malvar destacou o grande investimento em pesquisa e desenvolvimento feito pela Microsoft, de cerca de US$ 7 bilhões anuais, o que corresponde a aproximadamente 15% do faturamento da empresa multinacional.
Em 1991, a Microsoft se tornou a primeira empresa de software a criar uma própria organização de pesquisa em ciência da computação. Desde então, a Microsoft Research se transformou em uma entidade singular entre os laboratórios privados de ciência e tecnologia, ao reunir um modelo acadêmico e aberto com um processo eficiente para a transferência dos resultados de pesquisa a equipes de desenvolvimento de produto.
A Microsoft Research tem cerca de 700 pesquisadores e funcionários distribuídos em cinco laboratórios – na China, Inglaterra, Índia e dois nos Estados Unidos. A principal unidade fica em Redmond, no estado de Washington, no campus da Microsoft Corporation. O acordo com a FAPESP é o primeiro do tipo firmado pela Microsoft Research com uma instituição latina-americana.
Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil, destacou a importância dada pela Microsoft às pesquisas também no Brasil, onde investe em 21 centros de inovação, em parceria com universidades e centros de pesquisa. “Mais de 20 mil estudantes já passaram por esses centros”, disse.