Fapesp lança edital em parceria com Fapeam em SP


O primeiro edital resultante de convênio assinado entre as Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados do Amazonas (Fapeam) e de São Paulo (Fapesp) foi lançado na manhã de quinta-feira (18/6), em São Paulo, com as presenças do diretor científico da FAP paulista, Carlos Henrique de Brito Cruz, e do diretor-presidente da FAP amazonense, Odenildo Sena, durante o 15º Fórum Nacional-Consecti e do Fórum Nacional-Confap.

Brito Cruz destacou a primeira chamada de propostas em conjunto com a Fapeam ao fim de sua palestra, intitulada “A Fapesp e o apoio à pesquisa em São Paulo, por meio da qual mostrou a atuação da FAP paulista no apoio à pesquisa no Estado de São Paulo, informando dados sobre suas receitas e despesas, destacando os programas apoiados e seus resultados e revelando os indicadores de pesquisa do Estado de São Paulo.

A parceira com a FAP do Amazonas foi apresentada no momento em que o dirigente abordou os convênios entre instituições realizados pela Fapesp, ocasião em que convidou o diretor-presidente  da Fapeam, Odenildo Sena, para juntos lançarem o primeiro convênio entre as duas FAPs.

“Essa parceria representa um salto significativo para a consolidação da ciência e da inovação tecnológica no Brasil”, disse o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, no encontro. “Vejo com bons olhos e com muita alegria o fato de essa cultura de parcerias entre as fundações de amparo à pesquisa começar a se disseminar. Estou convencido de que não há como desenvolver ciência no Brasil sem articular e sem somar recursos, competências e partilhar infraestrutura”, disse.

O primeiro edital Fapesp-Fapeam já havia sido lançado em Manaus, no último dia 10 de junho, por ocasião do lançamento da 12ª edição da revista “Amazonas Faz Ciência”, realizado na livraria Saraiva MegaStore, no Manauara Shopping.

O edital visa o desenvolvimento científico e tecnológico por meio de projetos inovadores, em todas as áreas do conhecimento, que envolvam a realização de intercâmbio de pesquisadores e estudantes vinculados a instituições de ensino e pesquisa, públicas ou privadas, sediadas nos estados de São Paulo e do Amazonas.

Estão previstos recursos da ordem de R$ 6 milhões a serem investidos  na formação de cientistas e na produção de conhecimento científico nos dois Estados. O prazo de submissão de propostas iniciou-se em 10 de junho e segue aberto até 10 de setembro de 2009. Outras informações sobre o edital estão disponíveis aqui.

De São Paulo para o Brasil

Após mencionar cooperações da Fapesp com instituições de ensino e pesquisa, entidades de fomento e empresas, nacionais e internacionais, Brito Cruz fez uma breve apresentação de alguns programas da Fundação, entre eles o Biota, que acaba de completar dez anos de atuação no mapeamento da biodiversidade paulista, o Programa de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), o Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, a Cooperação Interinstitucional de Apoio a Pesquisas sobre o Cérebro (CInAPCe), o Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia), a biblioteca on-line SciELO e os Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid).

“É importante destacar que a Fapesp consegue manter um programa como o Biota há dez anos porque a Fundação e o governo do Estado têm uma tradição de respeitar os repasses de recursos milimetricamente”, disse Brito Cruz.

“E isso vem nos permitindo, por exemplo, apoiar mais de mil Projetos Temáticos nas últimas décadas, com cerca de 400 projetos vigentes a cada ano. E quase 20% dos 10 mil bolsistas apoiados por mês na FAPESP vão trabalhar fora de São Paulo quando se formam, uma contribuição importante para o desenvolvimento do país.”

Comparado com o esforço nacional de pesquisa e desenvolvimento, cuja aplicação oscila em torno de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) anualmente, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Brito Cruz disse que o investimento do Estado de São Paulo no setor vêm crescendo ao longo dos últimos anos, superando, em 2008, 1,4% do PIB.

“Hoje, 60% do financiamento à pesquisa em São Paulo ocorre por empresas em seus laboratórios próprios, enquanto que no país esse percentual é de 40%. Eu digo isso porque esses investimentos mostram que as políticas de ciência e tecnologia no Brasil precisam ter, por várias razões, características regionais que considerem a heterogeneidade do país”, afirmou.

O 15º Fórum Nacional-Consecti e Fórum Nacional-Confap foi realizado nos dias 18 e 19 de junho, com promoção do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e  do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

 

Fonte: Agência Fapesp com Agência Fapeam

 

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *