Fepi sustenta tese do ecoturismo


O turismo ambiental, popular “turismo de aventura na selva”, sempre foi um chamariz gerador de renda para o Amazonas. Porém, a metodologia de execução da atividade muitas vezes deixou a desejar ao longo do desenvolvimento da “cultura turística” estadual. Por causa disso, a Federação Estadual dos Povos Indígenas (Fepi) vem realizando ações de pesquisa para determinar propostas de exploração da atividade de modo sustentável.

Uma delas é o projeto de levantamento do inventário turístico das comunidades indígenas e ribeirinhas do rio Cuieiras e baixo rio Negro. Outra é a proposta de etnoconservação da bacia do Negro. Ambas, de acordo com a Fepi, estão sendo desenvolvidas para fortalecer o turismo ecológico no Estado. A meta, no futuro, é estabelecer um programa de sustentabilidade que contribua para a geração de renda às populações amazônicas.

A Federação ressalta ainda informações as quais sugerem que o turismo ecológico vem sendo planejado no âmbito do processo de construção do Plano de Ação Integrado para o Turismo Sustentável. O papel da Fepi, conforme dados gerais no http://www.fepi.am.gov.br/, está sendo coordenar as ações do governo estadual em atenção às comunidades indígenas e implementar uma política de etnodesenvolvimento que fortaleça as organizações tradicionais das comunidades indígenas amazônicas, possibilitando a apropriação de novas formas de saber.

Recentemente, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), um novo projeto da Fepi, orçado em R$ 153,4 mil, foi aprovado e pode ser iniciado ainda este ano. A proposta, mais uma vez, é referente ao turismo ecológico (e científico) no Amazonas e foi planejada para execução a partir do Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa em Políticas Públicas em Áreas Estratégicas (Ppope).

Dados técnicos sobre a execução ainda estão sendo compilados, mas já foi informado pela Fapeam, subsidiadora da pesquisa, que o professor Jefferson da Cruz, da área de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), deverá coordenar as atividades.

Preparativos

O administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Manaus, Edgar Fernandes Rodrigues, da etnia Baré, já afirmou que um dos objetivos gerais dos indigenistas amazonenses tende a ser a capacitação dos chefes de postos para a aplicação de uma nova política indígena. Para isso, entretanto, a ajuda da Fepi será essencial.
O que significa dizer que as duas entidades poderão desenvolver processos conjuntos de ecoturismo, caso seja feito um planejamento a curto e médio prazos, segundo enfatizou a própria Funai.

Em todo o Amazonas, as terras indígenas somam 42 milhões de hectares, o equivalente a 27% do território estadual. Ou seja, um grande percentual de área ainda está por ser incluído nos projetos de turismo ecológico amazonese, que dá seus primeiros passos rumo à concretização da proposta de sustentabilidade para a fauna e flora amazônicas.

Jornal Amazonas em Tempo (26/06/2007)

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