Fernando Galembeck, da Unicamp, ganha o Prêmio Álvaro Alberto
O anúncio do vencedor do Prêmio Almirante Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia de 2006 foi feito no dia 22 de março. O pesquisador receberá diploma, medalha e um prêmio no valor de R$ 150 mil, concedido pela Fundação Conrado Wessel
Considerada a mais importante premiação do país, o Prêmio é um reconhecimento e estímulo a pesquisadores e cientistas brasileiros pelo trabalho realizado em prol do progresso da ciência e tecnologia e por contribuir para o desenvolvimento de sua área de atuação.
Instituído desde 1981 e relançado em 2006, o Prêmio é concedido anualmente, em sistema de rodízio, entre as grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida, Ciências Exatas, da Terra e Engenharias e Ciências Humanas e Sociais.
O Prêmio Almirante Álvaro Alberto homenageia sempre o pesquisador que tenha se destacado pela realização de uma obra científica ou tecnológica de reconhecido valor. A área selecionada em 2006 foi Ciências Exatas, da Terra e Engenharias.
Um diferencial do Prêmio Almirante Álvaro Alberto é o fato de não aceitar inscrições. O premiado é escolhido entre os nomes de pesquisadores indicados por uma comissão de alto nível, nomeada pelo ministro da Ciência e Tecnologia. A escolha final cabe ao Conselho Deliberativo do CNPq.
O vencedor receberá um diploma, medalha e um prêmio em dinheiro, no valor de R$ 150 mil, concedido pela Fundação Conrado Wessel, em solenidade a ser realizada em breve.
O vencedor
Professor titular da Unicamp e bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A do CNPq, Fernando Galembeck é considerado um pesquisador de excepcional destaque nas aplicações da físico-química à tecnologia industrial.
Com doutorado na USP e pós-doutorado nas universidades da Califórnia e do Colorado, suas linhas de pesquisa percorrem a subárea da Tecnologia Industrial, trazendo um desenvolvimento crescente para as pesquisas científicas brasileiras.
Desenvolveu ainda diversas atividades de pesquisa sobre grande variedade de materiais com aplicações industriais, tais como colóides, polímeros, membranas, pigmentos, adesivos, filmes, vidros e géis.
Galembeck também se destaca na área de formação de recursos humanos, tendo formado 28 doutores e 34 mestres. Sua produção científica está registrada nas melhores revistas especializadas e supera a marca de 180 trabalhos.
Já sua produção tecnológica compreende seis produtos e 15 processos e técnicas, sendo vários deles desenvolvidos em cooperação com indústrias, tais como a Rhodia, Oxiteno e industrias de tintas e calçados. Depositou ainda 18 patentes, das quais sete foram licenciadas e dois produtos baseados nessas patentes foram comercializados.
“Este é um prêmio extremamente importante para o pesquisador. Considero-o uma das coisas que a gente sempre sonha, mas imagina que é muito difícil de alcançar”, declarou o pesquisador após ser informado do resultado.