Ferramenta irá avaliar o efeito do medicamento em pacientes com malária


Na pesquisa, a estudante pretende avaliar e validar a ação de antimaláricos para monitorar a presença da resistência do parasita

Ferramenta irá avaliar o efeito do medicamento em pacientes com malária

Uma pesquisa desenvolvida com apoio do Governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) pela estudante em biomedicina, Thays Souza dos Santos, está analisando a utilização de um equipamento para avaliar a ação dos antimaláricos em pacientes infectados com malária.

A ferramenta denominada de citometria de fluxo, já existe no mercado, é utilizada para avaliar as células, tamanho e espessuras. Na pesquisa, a estudante pretende desenvolver uma nova função no equipamento: a avaliação e validação de antimalárica para monitorar a presença da resistência do parasita a antimaláricos. A iniciativa embasará, futuramente, a descoberta de novos antimaláricos.

A pesquisa está sendo desenvolvida no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia). De acordo com a estudante, atualmente os parasitas da malária da espécie falciparum são resistentes a quase todos os medicamentos, já a espécie vivax, em algumas partes do mundo, são resistentes a antimaláricos.

Ferramenta irá avaliar o efeito do medicamento em pacientes com malária

Segundo a estudante, a citometria de fluxo avaliará a amostra do paciente infectado com malária com a droga usada para avaliar se amostra do paciente é resistente ou não ao medicamento.

“O equipamento desenvolvendo essa função pode nos ajudar a avaliar essa atividade antimalárica na presença do parasita resistente ou não e também no futuro desenvolver novos antimaláricos. Estamos conseguindo chegar ao nosso objetivo”, disse a estudante.

Santos explicou que a citometria de fluxo avaliará a amostra do paciente infectado com malária com a droga usada para avaliar se amostra do paciente é resistente ou não ao medicamento.

Para a pesquisa, a estudante está realizando ensaios com a espécie Plasmodium Vivax.

“Ele não fica muito tempo fora do corpo humano, por isso estamos desenvolvendo com essa espécie. Além disso, não existem muitas ferramentas para se medi a resistência de plasmodium vivax, mesmo que a resistência ainda não foi muito disseminada no mundo, mas temos relatos que a resistência existe sim, estamos desenvolvendo essa ferramenta para avaliar isso”, explicou a estudante.

A pesquisa está sendo realizada no âmbito do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic) da Fapeam que tem por objetivo disseminar o conhecimento científico através do envolvimento das instituições, pesquisadores e estudantes de graduação em todo o processo de investigação, proporcionando principalmente aos alunos a experiência prática e o desenvolvimento de habilidades em pesquisas.

Esterffany Martins / Agência Fapeam

Fotos: Érico Xavier / Agência Fapeam

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