Finep completa 40 anos e tem como desafio fazer mais pela inovação
Criada em 24 de julho de 1967, pelo MCT, para institucionalizar o Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas, a Finep vem trabalhando, ao longo dos anos, desenvolvendo ações importantes na área de C&T.
O presidente da Finep, Luis Fernandes, afirmou, segundo texto do MCT, que a comemoração do aniversário trazia uma mensagem de orgulho e confiança. "Orgulho pelo que a Finep já realizou, e confiança de que no futuro ela saberá encontrar os caminhos para alavancar a inovação. Aqui estamos celebrando o compromisso de construir um País com mais riqueza, mais bem estar e mais felicidade", ressaltou.
Hoje a financiadora se consolida como a principal gerenciadora do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que movimenta os recursos para o setor, além de atuar permanentemente no apoio às instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e às empresas.
"É razão de contentamento saber que a Finep chegou aos 40 anos. As marcas positivas de sua atuação ao longo desse tempo estão espalhadas de ponta a ponta no país”, diz Odenildo Sena, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), em entrevista ao Gestão C&T online.
Sena lembra que os recentes indicadores que apontam o crescimento do Brasil nos últimos anos em inovação tecnológica tem a incontestável presença e estímulo da Finep.
Foram 40 anos de muito trabalho para promover e financiar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica. Atualmente, a financiadora quer ser vista como uma Agência de Inovação e tem trabalhado para consolidar programas e projetos importantes para a área. São exemplos, os novos programas de subvenção econômica, Juro Zero, Inovar Semente, Pró-Inovação, entre outros.
Para o ex-presidente do Confap, Jorge Bounassar Filho, a Finep assumiu uma posição estratégica e fundamental num período em que o bem mais preciso do mundo é o conhecimento. “Ela tem uma grande capacidade de indução de atividades de inovação, essenciais para o aumento da competitividade do setor empresarial, já que tem recursos e flexibilidade para implementar ações estratégicas focadas e de promoção da parceria necessária entre o meio produtivo de C&T com o meio produtivo industrial”, avalia, em entrevista ao Gestão C&T online.
Na opinião de Bounassar, a atuação da financiadora será tão mais eficaz quanto maior for a possibilidade de acertar os focos das ações. “Esses focos devem ser baseados em decisões suportadas por estudos conseqüentes, prospectivos e que dêem oportunidades competitivas a todo meio científico e tecnológico nacional”.
Descentralização
Odenildo Sena acredita que a atuação da Finep deve também estar sintonizada a nova realidade dos sistemas estaduais de ciência e tecnologia. “É preciso descentralizar as ações. Não é mais possível olhar o Brasil a partir do Rio de Janeiro ou de Brasília”, diz.
Reduzir as desigualdades de investimentos na área de C&T passa, necessariamente, na opinião de Sena, pela sensibilidade de se perceber que as diferentes regiões do país têm suas particularidades e carências.
“Na condição de presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, saúdo os 40 anos da FINEP e coloco-me à disposição para intermediar a ampliação e o estreitamento das relações entre a agência e as FAPs", sugere.
Tatiana Fiuza para o Gestão C&T online