Finep terá US$ 1 mi para estimular mercado de carbono


Um convênio firmado entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) e o governo japonês vai destinar US$ 1 milhão para o desenvolvimento do mercado de carbono no Brasil. O acordo, que foi intermediado pelo Banco Mundial, conta ainda com a participação da Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), instituição onde serão negociados os créditos de carbono.

Os recursos vão financiar uma série de estudos sobre a estruturação e implementação do mercado, iniciativa que está inserida nas metas aprovadas pelo Protocolo de Kyoto, acordo internacional implementado em fevereiro de 2005 para combater a emissão de gases poluentes na atmosfera. O principal objetivo do Protocolo, ratificado por 144 nações, é reduzir a emissão de poluentes em 5,2% nos países desenvolvidos, tendo como base os níveis verificados em 1990, ano em que as negociações se iniciaram.

O Comércio de Emissões possui uma engrenagem similar à da bolsa de valores. O diferencial é que, ao invés de ações, os papéis negociados são Reduções Certificadas de Emissões (RCE’s), medidas em tonelada métrica de dióxido de carbono. Esses créditos de carbono são cedidos pelas agências de proteção ambiental reguladoras aos países que comprovadamente reduziram a emissão do poluentes, através de programas de reflorestamento, de desenvolvimento de energias alternativas, entre outros. Então, as RCE’s adquiridas são vendidas para as nações interessadas em emitir CO², mas que ultrapassaram a cota estabelecida.

Cada crédito equivale a uma tonelada do gás e possui valor de mercado entre €12 e €18, preço que varia de acordo com a cotação internacional. Segundo estimativas do Banco Mundial, o Brasil tem potencial para conquistar cerca de 10% no mercado mundial de carbono, que deve chegar a US$ 1,3 bilhões em 2007.

Desde dezembro do ano passado, a Finep possui um Programa de Apoio a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Pró-MDL). O objetivo é, até 2009, aplicar cerca de R$ 80 milhões em projetos que proporcionem a redução do efeito estufa e, conseqüentemente, do aquecimento global.

Agência C&T

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *