Fiocruz faz 110 anos
Desde 1990, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem contribuído no combate aos grandes problemas da saúde pública brasileira. Nesta terça-feira (25), ela completou 110 anos como centro de conhecimento da realidade do país e de valorização da medicina experimental.
Com a base fincada num campus de 800 mil metros quadrados no bairro de Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a instituição também está presente em mais sete capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Manaus e Curitiba, além de um núcleo em Brasília.
No Amazonas, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) é uma das parceiras da Fiocruz em prol de pesquisas desenvolvidas no Estado que proporcionem respostas mais eficientes às doenças específicas da região.
Doenças que afligem os brasileiros, como dengue, Aids, febre amarela, doença de Chagas, hanseníase, tuberculose e malária, são alvo destas constantes pesquisas.
De acordo com a pesquisa Nacional de Percepção Pública da C&T do Ministério de Ciência e Tecnologia, “medicina e saúde” é o tema de maior interesse da população brasileira (60%), seguido de meio ambiente (58%), religião (57%), economia (51%), esportes (47%) e ciência e tecnologia (41%).
Entre os mais recentes destaques da atuação da Fiocruz para garantir a saúde no país está o lançamento, em 2008, junto com a organização sem fins lucrativos Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) do ASMQ, uma combinação em dose fixa dos medicamentos artesunato (AS) e mefloquina (MQ) para o controle da malária e que simplifica o tratamento de adultos e crianças contra a doença.
No ano seguinte, foi iniciada a produção do medicamento Efavirenz, um antirretroviral que integra o coquetel anti-Aids, beneficiando 85 mil brasileiros. A Fundação também fez o mapeamento das primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) detectado por pacientes no Brasil e, em colaboração com grupos de pesquisa dos Estados Unidos, da Europa e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mapeou pela primeira vez o genoma do Schistosoma mansoni, parasito causador da esquistossomose.
No mesmo ano, a Fundação teve papel preponderante na preparação dos primeiros lotes do medicamento oseltamivir, a partir do fornecimento do fosfato de oseltamir, para distribuição gratuita aos hospitais de referência no tratamento da gripe causada pelo vírus influenza A (H1N1).
Ainda em 2009, a instituição assinou acordo de transferência de tecnologia com um laboratório multinacional que garantirá a produção da vacina pediátrica para pneumococo, a ser incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI). A vacina protege contra meningite bacteriana, pneumonia e otite média aguda, doenças causadas pela bactéria pneumococo. O documento também prevê intercâmbio destinado ao desenvolvimento de imunizantes para dengue, febre amarela e malária.
Nos próximos anos, ela pretende inaugurar centros de pesquisa nos estados do Ceará, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Piauí.
Com informações da Fiocruz