Formação de doutores no Amazonas está garantida


Profissionais que apostam na formação acadêmica para adquirir mais conhecimento e contribuir com projetos que tragam melhorias para a vida das pessoas já podem começar a desenvolver seus projetos, pois agora podem contar com a disponibilidade de 170 bolsas de doutorado e pós-doutorado oferecidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Dessas ,100 são oferecidas em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e 70 com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

“Um extraordinário feito para o avanço da ciência no Estado. Como um de nossos maiores gargalos ainda está na formação de pesquisadores doutores, o fruto dessa parceria com o CNPq e a Capes, que vai nos permitir disponibilizar 170 bolsas em nível de doutorado, somado aos 360 bolsistas de doutorado já financiados pela Fapeam, representará num futuro não muito distante um impacto enorme para a ciência no Amazonas.

Pode-se dizer que, num curto período, nós teremos investido na formação de mais doutores do que se fez ao longo dos últimos 30 anos”, declara o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena.

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Diretor da Fapeam anuncia novas bolsas para doutores (Foto: Ricardo Oliveira/ Agência Fapeam)

 

 

O jornalista Wilson Nogueira, que atualmente cursa o doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), está empolgado com a possibilidade de conseguir uma bolsa. Atualmente, Wilson não pode concorrer à bolsa, pois tem vínculo empregatício, mas em janeiro, quando se desligar da função que exerce atualmente de assessor de imprensa, pretende se candidatar ao Programa.

 

Para o Programa de Cooperação para a Capacitação de Pós-doutores nas Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado do Amazonas (PCPD/AM) foram destinados R$ 11,6 milhões, dos quais R$ 3,8 milhões serão financiados pela Fapeam e R$ 7,7 milhões, pela Capes.

 

 

A Fapeam, em parceria com órgãos de pesquisa, vem oferecendo bolsas desde 2003. Até o mês de setembro deste ano foram fomentadas 360 bolsas de doutorado e 974 de mestrado, com investimentos de R$ 25,9 milhões. O doutor Júlio Tota foi um dos beneficiados por uma das bolsas Capes/Fapeam.

 

 

 

A pesquisa de Tota consistiu na instalação – ao redor das torres do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) – de equipamentos complementares que permitiram monitorar, também, o chamado “escoamento horizontal” do carbono. “Quem sabe não consigo uma bolsa de pós-doutoramento”, complementa. Os editais devem estar disponíveis ao público, no site da Fapeam (www.fapeam.am.gov.br) até a primeira quinzena de novembro.

 

 

 

 

* Em outubro (2009) foram anunciadas mais 170 bolsas voltadas ao doutorado e pós-doutoramento, com investimentos iniciais de R$ 16.720.663.38.

 

Leila Ronize – Agência Fapeam

“Aqui no Inpa, na última seleção para o Programa de Pós-graduação de Clima e Ambiente, tivemos 80 pessoas inscritas para apenas 10 vagas. E vale ressaltar que o curso, feito em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas, é fomentado totalmente pela Fapeam. Espero que as pessoas continuem a ser estimuladas à pesquisa”, diz o carioca, que mora em Manaus há 10 anos e pretende continuar aqui.

Para Tota, a bolsa foi fundamental, pois além de ser um apoio à pesquisa em si também propiciou um ambiente de incentivo. Ele lembra que, nos últimos anos, em razão das atividades de fomento desenvolvidas pela Fapeam, o número de inscrições em programas de mestrado e doutorado tem crescido.

No dia 26 de outubro ele defendeu a tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente, em que constatou: a floresta amazônica, conhecida mundialmente como sendo responsável pela absorção de grandes quantidades de carbono da atmosfera, pode estar executando a tarefa em escala bem menor do que acredita boa parte da comunidade científica internacional.

 

Aumento da demanda

O objetivo é ampliar e fortalecer o Programa Nacional de Pós-Doutoramento do Estado e financiar a aquisição de equipamentos para incentivar Programas de Pós-Graduação sediados no Amazonas, em articulação com o Programa de Formação de Doutores em Áreas Estratégicas.

“O ensino, a ciência, a pesquisa e a inovação tecnológica devem ser encaradas como uma questão de Estado, porque esses investimentos remetem à inclusão social, o que significa melhoria da qualidade de vida da população e do país. Isso leva o Brasil a ampliar o mercado interno, que também é um patrimônio do país”, comenta.

O Programa de Formação de Doutores em Áreas Estratégicas (PDAEST/AM) tem investimento global de R$ 14,9 milhões, sendo R$ 9,6 milhões da Capes e R$ 4,9 milhões da Fapeam. O CNPq está definindo os recursos a serem repassados. Podem se inscrever, preferencialmente, alunos que estejam cursando pós-graduação em programas brasileiros reconhecidos pela Capes nas áreas de Engenharia Agrícola, Engenharia Biomédica, Engenharia de Minas, Engenharia de Transportes, Engenharia de Materiais e Metalúrgica, Engenhara Naval, Engenharia Química, Engenharia Sanitária, Farmacologia e Arqueologia. Mas outras áreas não estão descartadas.

Isso significa um aporte inicial de R$ 26 milhões – já que o CNPq ainda irá definir o aporte de recursos – destinados a financiar a aquisição de equipamentos para incentivar programas de pós-graduação e implementar a formação de doutores.

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