Nesta quinta-feira (21), às 10h, ocorrerá a solenidade de inauguração do primeiro Centro de Entomologia do Amazonas. A nova unidade é vinculada à Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM), apontada atualmente como centro de referência nacional e mundial para o tratamento de enfermidades tropicais. No total, a Fapeam já investiu mais de R$6,5 milhões na instituição.

O Centro ocupa uma área construída de 412 metros quadrados. Parte dos recursos investidos na construção da nova unidade da FMT, o equivalente a R$ 482,440 mil, é oriundo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Infra-Estrutura para o Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia no Amazonas.

O local tem a finalidade de ampliar as atividades de identificação de insetos vetores de males como a doença de chagas, leishmaniose, malária, dengue, febre amarela urbana e silvestre, entre outras. “Neste núcleo os pesquisadores terão mais condições para armazenar e identificar os insetos, que serão guardados e utilizados para estudos, transformando o local em um grande ‘insetário’”, explica o diretor de Ensino e Pesquisa da Fundação, Silas Guedes de Oliveira.

A inauguração do centro também beneficiará estudantes de graduação, pós-graduação e iniciação científica que passarão a ter um espaço privilegiado de formação profissional nessa área.  “Com a inauguração do centro, será possível oferecer cursos de longa duração ministrados por especialistas de renome”, afirma a coordenadora do projeto, Maria das Graças Barbosa.

Além de desenvolver pesquisas nesta área específica, os conhecimentos gerados no Centro poderão apontar estratégias a serem adotadas para evitar essas enfermidades, reduzindo os riscos de epidemias junto à população em geral.
 
Programa Infra
 
Desde a criação, em 2004, do Programa de Infra-estrutura, cuja finalidade é  fornecer melhorias e modernizar a estrutura dos grupos de pesquisa e programas de pós-graduação do Estado, foram aprovados 33 projetos. As instituições proponentes foram, além da Fundação de Medicina Tropical, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), Instituto Mamirauá e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O total de recursos repassados no âmbito do programa pela Fapeam até agora somam R$ 12,409 milhões, sendo que somente neste ano, o montante já ultrapassou R$ 2 milhões.

A Fundação de Medicina Tropical é uma das instituições que apresentou maior número de projetos, seis no total, sendo um deles em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Os recursos destinados pela Fapeam para execução dos projetos apresentados pelo programa Infra à FMT-AM chegam a R$ 2,640 milhões. Considerando todos os projetos financiados pela Fapeam na fundação, o investimento chega a R$6,541 mil, entre bolsas, auxílio-pesquisa e outras modalidades de apoio, como o próprio programa de infra-estrutura.
 
Outras inaugurações
 
No mesmo dia, haverá outras inaugurações. No mesmo dia, será entregue o Hospital Dia (HD). Como o próprio nome sugere, o hospital funcionará durante o dia, permitindo que os pacientes façam uso de medicação e retornem no mesmo dia para suas casas. O período de funcionamento do Hospital Dia será de 12 horas durante os cincos dias úteis da semana. A obra é resultado de financiamento do Governo do Estado no valor de R$ 1,5 milhão.

Outra novidade da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas é o Laboratório de Pesquisa em Doenças Endêmicas (LPDE), que foi financiado com recursos do Governo do Amazonas e do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O valor desta obra foi de R$ 1,5 milhão. O laboratório servirá de assistência para todas as áreas do conhecimento desenvolvidas na FMT-AM.

A FINEP, juntamente com o Governo do Estado, financiou também a construção da Enfermaria de Ensaios Clínicos, com oito leitos. Neste lugar, serão realizados estudos e testes com novas drogas, em pacientes infectados com doenças conhecidas, mas cujo tratamento não é satisfatório.