Governo estuda uso de banco de dados para agregar informações sobre biotecnologia
O banco de dados foi pensado a partir da necessidade da comunidade científica de ter uma ferramenta que ofereça subsídios para a formulação de estudos integrados
A Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplan-CTI) estuda utilizar um banco de dados desenvolvido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) por meio do Programa de Gestão em Ciência e Tecnologia (PGCT) de Pós-Graduação da Rede Bionorte para agregar de forma colaborativa informações das áreas de biotecnologia e uso sustentável da biodiversidade amazônica.
O projeto foi apresentado à equipe técnica da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) pela professora doutora Sandra Patrícia Zanotto. Segundo ela, as entidades públicas a privadas carecem de uma ferramenta como esta, com capacidade de reunir todas as informações úteis no trabalho de pesquisa.
Ela informou o banco de dados foi pensado a partir da necessidade da comunidade científica de ter uma ferramenta que ofereça subsídios para a formulação de estudos integrados e de planejamento, no apoio ao desenvolvimento e ao fomento de Ciência, Tecnologia e Inovação para a região amazônica.
Segundo ela, a ferramenta possibilita correlacionar as informações em vários segmentos e, com isso, obter diagnóstico sobre o uso dos recursos biológicos da diversidade amazônica, além de integrar as competências desta área. “Serve também como interação entre os membros da comunidade científica. Mesmo sem estar concluído, o banco de dados já tem 538 pesquisadores cadastrados”, explicou.
No banco de dados estarão também cadastrados os Institutos de Ciência e Tecnologia e seus programas de pós-graduação; teses, dissertações, monografias e demais produções acadêmicas; projetos; matérias primas; cadeiras produtivas e seus principais gargalos; empresas e cooperativas. “Todos situados nos nove Estados da Amazônia Legal, que é o nosso principal foco de atuação”, acrescentou.
Durante a apresentação, o Secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Seplan-CTI, Estevão Monteiro de Paula, apontou a necessidade de alguns ajustes nas informações existentes para que o bando de dados possa ser um instrumento efetivo de apoio aos segmentos da indústria e comércio voltados a área de biotecnologia.
Sobre a Rede Bionorte
A Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte), foi criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da portaria de nº 901 de 04 de dezembro de 2008, em parceria com as Secretarias de Estado de Ciência e Tecnologia dos 9 estados da Amazônia Legal.
A Rede Bionorte tem como objetivo integrar competências para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, inovação e formação de doutores, com foco na biodiversidade e biotecnologia, visando gerar conhecimentos, processos e produtos que contribuam para o desenvolvimento da bioindústria da Amazônia Legal.
A Rede é dirigida por um Conselho Diretor, composta por membros do MCTI, MDIC, MI, Consecti, Confap, Instituições de Ensino e Pesquisa, Setor Empresarial da Amazônia Legal, CNPq, Finep, Capes e Foprop. É assessorada por um Comitê Científico, composto por representantes de todos estados da Amazônia Legal, comunidade científica e pelos Comitês Científicos Locais (Estaduais).
Fonte: Secom