Hemoam apresenta resultados do PIBIC Jr.
A Fundação de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Amazonas (Hemoam) promoveu, em 16 de setembro, a III Jornada do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (PIBIC Jr), realizada na Escola Estadual Vicente Telles de Souza, localizada no bairro de São Geraldo, zona oeste de Manaus.
É nessa escola que estudam os seis estudantes do ensino fundamental e do ensino médio que participam do projeto de pesquisa “Primeiros passos para a ciência”, desenvolvido na Fundação de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Amazonas (Hemoam), cujos resultados foram apresentados na jornada.
Os estudantes são bolsistas do PIBIC Jr, programa desenvolvido no Amazonas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que apoia, com recursos financeiros e bolsas, a inserção de estudantes de ensino médio em projetos de pesquisa em instituições públicas e privadas do Estado do Amazonas.
Os bolsistas apresentaram os resultados por meio de peça teatral, apresentação de folderes, exposição de cartazes e explicações sobre doação de sangue, pesquisas com células-tronco e sobre os males que as drogas causam ao ser humano.
Segundo a diretora da Vicente Telles de Souza, professora Vânia Machado, a realização do projeto de pesquisa pelos alunos de sua escola tem colaborado com o desenvolvimento deles em sala de aula.
“Eles demonstram mais interesse pela aprendizagem, tornam-se pesquisadores e se esforçam mais para obter boas notas. Pensam também em se tornar futuros profissionais da área”, afirmou a diretora.
Impactos na escola
Os estudantes da Vicente Telles de Souza que participam no Hemoam do PIBIC Jr. são indicados por uma comissão de professores que avalia, entre outros aspectos, o comprometimento e o interesse dos alunos da escola pela ciência, além do coeficiente escolar.
A participação dos estudantes no programa surgiu de trabalho realizado anteriormente pelo Hemoam sobre a importância da doação de sangue, que atingiu professores, pais e alunos da escola. Após o primeiro contato, estabeleceu-se a parceria entre a fundação e a escola, com a entrada dos estudantes no projeto “Primeiros passos para a ciência”, com bolsas do PIBIC Jr., por meio das quais cada um deles recebe R$ 100 por mês.
A estudante Rosa Claudia tem 14 anos e está cursando o 9º ano do ensino fundamental. Ela é uma das bolsistas e conta o que aprende com a experiência da pesquisa. “Todas as vezes que estamos no Hemoam, aprendemos coisas novas. Aprendemos a pesquisar, a verificar a tipagem sanguínea, a montar slides de apresentação, a orientar os doadores. O melhor de tudo é que podemos dividir o que aprendemos com nossos colegas na escola”, diz.
Realização no Hemoam
A coordenadora do Programa no Hemoam, Adriana Malheiros, explica que a idéia é formar pesquisadores e multiplicadores que recebem formação com atividades teóricas e práticas no Departamento de Atendimento a Pacientes (DAP), no Laboratório de Análises Clínicas (exames) e no Ciclo de Doadores.
“Trabalhamos com um cronograma de aulas, palestras e pesquisa científica básica. Os bolsistas também têm aulas práticas de laboratório, visualização em microscópio óptico, aulas de biossegurança e até podem estudar sobre células. Após as atividades desenvolvidas, a idéia é que eles levem as experiências para a escola”, relata.
As responsáveis pela execução do programa no Hemoam avaliam os resultados dos trabalhos realizados pelos estudantes. Adriana Malheiros diz que os egressos da iniciação científica junior sempre continuam a buscar a formação científica.
“Alguns alunos do PIBIC Jr retornam ao Hemoam para contar que ingressaram na faculdade por causa do que viveram no programa. Isso é muito gratificante”, conta.
Ao todo já passaram pelo Hemoam 36 bolsistas do PIBIC Jr.. Para a diretora de ensino e pesquisa do Hemoam, Kátia Luz, os programas de iniciação científica acrescentam experiências a pesquisadores de diversos níveis.
Para além do programa
Kátia Luz credita o incremento da pesquisa científica no Hemoam aos incentivos recebidos da Fapeam. “A pesquisa nasceu no Hemoam com a criação da Fapeam e com o trabalho desenvolvido por ela na promoção da ciência. Hoje somos referência. Essa evolução é proporcional ao apoio que recebemos da Fapeam, por meio de bolsas e auxílio à pesquisa em todos os níveis”, afirmou.
Edilene Mafra – Agência Fapeam