INCT Energia, Ambiente e Biodiversidade é lançado na UEA
Desenvolver tecnologias verdes com foco na solução dos problemas da Amazônia e do país relacionados à energia, combustíveis, biodiversidade, decomposição de material orgânico prejudicial ao meio ambiente. O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Centro de Energia, Ambiente e Biodiversidade nasce com foco na área de clima, microorganismo e energias sustentáveis. A idéia é procurar toxinas responsáveis pela decomposição de plásticos, recuperação do fosfato utilizado como fertilizante.
Coordenado pelo pesquisador José Carlos Verle Rodrigues, o instituto tem orçamento inicial de R$ 4,5 milhões, montante financiado com recurspos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O lançamento oficial do INCT foi realizado no fim da tarde de terça-feira (7/7), na sede da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na Escola Superior de Ciências da Saúde da UEA, bairro da Cachoeirinha, em Manaus.
Segundo o coordenador do INCT de Energia, Ambiente e Biodiversidade, José Carlos Verle Rodrigues, o instituto terá ainda parceria com 24 instituições nacionais e internacionais. Além disso, cerca de 100 pesquisadores ajudarão no entendimento de como funcionam as interações dos microorganismos com plantas ou com invertebrados de forma a sobreviver em áreas tão diversas na Amazônia. “A comunicação química nesse processo é essencial, por isso, grupos de pesquisa nessa área serão fortalecidos”, observou.
Rodrigues disse que a formação de recursos humanos junto com os programas de pós-graduação, bolsas de estudos para novos estudantes, inicialmente, será outro componente fundamental para o sucesso dos grupos de pesquisa. Sobre a divulgação das pesquisas, o pesquisador afirmou que um portal permitirá o acesso do usuário para conhecer sobre as linhas de pesquisa, editais, cursos, bolsas, por exemplo, nas áreas de microorganismos, química e ecologia, e em áreas onde há lacunas.
De acordo com Rodrigues, há projetos em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e UEA de trabalhos na área de captação de energia do sol, utilização de óleos para produção de energia e de biomassa.
Segundo o diretor presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Odenildo Sena, foi um ato ousado do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) investir no país R$ 523 milhões, dos quais R$ 180 milhões foi proporcionado pelas FAP’s. Com isso, a Fapeam foi fundamental para a instalação dos seis projetos de INCTs aprovados para o Amazonas, sendo um deles em parceria com o Estado de Santa Catarina.
“Caso dependêssemos somente dos recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), muitos institutos teriam ficado de fora”, lembrou.
De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia, José Aldemir de Oliveira, a Fapeam foi decisiva no processo de implementação dos INCT’s na região. Além disso, ele destacou o empenho da UEA em contratar pesquisadores para as áreas prioritárias para trabalhar no projeto.
Aprovação
Aprovado em janeiro de 2009 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o INCT tem como propósito compreender e propor alternativas para minimizar os efeitos das questões cruciais globais que a humanidade está enfrentando: estabilizar o clima e melhorar as condições ambientais. São questões críticas no desenvolvimento econômico, na política sanitária, na qualidade de vida, e na segurança nacional e internacional.
A inauguração marca o início das atividades do instituto no sentido de promover, por meio de colaborações institucionais e culturais, a pesquisa científica multidisciplinar e o ensino de excelência relacionado aos tópicos de energia, ambiente e biodiversidade.
Luís Mansuêto – Agência Fapeam