Inovação apoiada pela Fapeam é finalista de prêmio nacional


A Agrocon Ltda., empresa amazonense financiada com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), é finalista do prêmio Planeta Casa do ano de 2009, promovido pela revista “Casa Claudia”. O certame avalia produtos sustentáveis com perfil voltado para o segmento da responsabilidade social.

 

De acordo com Aguimar Simões, sócio-proprietário da empresa, o projeto que conseguiu ser selecionado entre os dez melhores do Brasil diz respeito à fabricação de revestimentos a partir de frutas e sementes agroflorestais. “Trabalhamos com a cerâmica vegetal para paredes, e atualmente utilizamos, por exemplo, o ouriço da castanha, o tucumã e o açaí”, destacou o empresário.

 

A inovação é desenvolvida com recursos recebidos da Fapeam, da ordem de R$ 119 mil, por meio do Programa Amazonas de Apoio a Pesquisa em Micro e Pequenas Empresas (Pappe Subvenção/Finep Amazonas), que apoia, com recursos financeiros, micro e pequenas empresas interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores.

 

O Pappe Subvenção é realizado no Amazonas em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep-MCT), Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do Amazonas (Sect), Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Seplan), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e Sebrae-AM

 

Segundo Simões, a matéria-prima utilizada no revestimento é adquirida em municípios do interior do Amazonas, como Lábrea (a 903 km de Manaus), Humaitá (a 412 km) e Coari (a 325 km). Os ouriços, porém, são beneficiados em Manaus, no Distrito Industrial de Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Dimpe), localizado no quilômetro 7 da Avenida do Turismo, em Manaus.

 

"Estamos entrando no mercado aos poucos. O mais importante é que os produtos estão sendo mostrados para o grande público, e a perspectiva é que até 2010 haja uma aceitação melhor", avaliou o empresário.

 

O valor do metro quadrado da cerâmica vegetal é vendido em Manaus, em média, por R$ 120, enquanto que o mesmo material fabricado com produtos não-ecológicos tende a ser mais caro, conforme destacou o empresário.

 

"O porcelanato fica mais em conta que a cerâmica vegetal, sendo vendido a R$ 80, mas há aqueles bem mais caros, que chegam a custar perto de R$ 1 mil”, enfatizou.

 

 

Participação na disputa

Ao ser escolhida como finalista do prêmio Planeta Casa, a empresa Agrocon passou a disputar com outras nove pelo primeiro lugar do concurso. Além de serem premiados com uma escultura de vidro, criada pela artista plástica Jacqueline Terpins, os vencedores terão seus trabalhos divulgados no catálogo virtual do site da revista “Casa Claudia”. A premiação final será divulgada no final de setembro ou início de outubro, em data a ser definida pelos organizadores.

 

O prêmio Planeta Casa busca valorizar empresas, profissionais e estudantes das áreas de arquitetura, construção e decoração engajados com o desenvolvimento sustentável, destacando ações, produtos, empreendimentos imobiliários, projetos arquitetônicos e de interiores que promovam a conservação do meio ambiente.      

 

O objetivo é dar visibilidade aos produtos, ações e projetos sustentáveis de cada categoria e, desta maneira, incentivar cada vez mais empresas, ONG’s e profissionais a adotarem práticas de responsabilidade social e ambiental na hora de construir, reformar e decorar imóveis.

 

A seleção dos finalistas e, posteriormente, dos vencedores do prêmio será feita por um comitê técnico, formado por empresários e representantes de universidade e ONGs, que são especialistas no setor e estão envolvidos com a questão da proteção ao meio ambiente.

   

             

Renan Albuquerque – Agência Fapeam

 

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