Inovação em tecnologia móvel impulsiona novos negócios no Amazonas
17/07/2012 – “Esse é o futuro!”. A afirmação do microempresário e diretor-geral da empresa Tap 4 Mobile, André Tapajós, revela o caminho dos novos negócios na área de desenvolvimento de softwares no Amazonas. O universo mobile dos iPhones, iPads, tablets e smartphones é um atrativo para empresários que desejam inovar na oferta de produtos e serviços de qualidade num mercado cada vez mais em expansão.
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Esta é a primeira de uma série de reportagens que a equipe do Ciência em Pauta produzirá sobre empresas incubadas no Amazonas. O primeiro case de sucesso a ser registrado trata-se da Tap 4 Mobile. A empresa é uma das que se destaca no polo de softwares, instalado no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide). Está em processo de incubação desde abril de 2011 e já conseguiu alçar voos altos. Entre os clientes e investidores, a Tap já fechou negócios com empresas do eixo Rio-São Paulo e também em Belo Horizonte, Campo Grande e Manaus.
“Isso é bom para o Polo porque é uma empresa de Manaus que está mandando softwares para fora e não está nos grandes centros, nem no Rio de Janeiro ou São Paulo”, avaliou Tapajós. Na companhia de mais três sócios, André viu o sonho de ter um negócio se concretizar após experiências mal sucedidas.
“Eu tenho o espírito empreendedor há muito tempo. Já tentei abrir uma empresa antes e fali porque não tinha experiência gerencial. Quando entendi que estava na maturidade correta diante de uma superoportunidade na área móvel, busquei as peças que faltavam: os sócios. Eles possuem competências complementares que contribuem para o desenvolvimento da empresa”, lembrou.
Centro de Incubação Empresarial do Amazonas foi fundamental
A incubação foi apontada como um dos aliados para a concretização da empresa. Os desafios da burocracia governamental e exigências para a formalização foram vencidos a partir da experiência gerencial, mas as bases para a consolidação e inserção no mercado só foram possíveis com o auxílio do Cide. “O empresário que não tem esse conhecimento vai sofrer muito com esses fatores e também com a carga tributária que é muito alta para quem está começando”, ponderou.
A visibilidade frente à competitividade do mercado é considerada uma das principais vantagens da incubação. André Tapajós destacou a importância de ter acesso a eventos, reuniões e feiras, além de participação em rodada de negócios com possíveis investidores. “Além do baixo custo, uma das vantagens é a participação em eventos que eu não teria acesso se eu estivesse fora. Já participei de reuniões com empresários da Finlândia e com outros empresários brasileiros”, disse.
Estrutura
A Tap 4 Mobile começou com uma estrutura pequena e cresceu rapidamente em poucos meses. De uma sala de reuniões em um escritório no bairro Dom Pedro, com três sócios e um estagiário, a Tap 4 expandiu para uma área de 200 metros quadrados no Cide, com 20 funcionários fixos e oito terceirizados. Tapajós avalia com entusiasmo o desenvolvimento da empresa. “Nós já tínhamos condições de sair com um ano de empresa, mas é bom estar atrelado ao Cide por conta dessas vantagens”, disse.
André Tapajós comenta ainda que estão buscando ampliar a atuação em outros Estados antes de partir para a completa independência fora do Centro de Incubação. “Vai chegar um momento que a empresa vai ter sua própria marca no mercado, então não temos porque sair agora. Por conta disso, é mais interessante para nós abrir uma filial fora de Manaus, como em Recife, onde a demanda de projetos é muito grande”, destacou.
Aplicativos levam em média de 2 a 4 meses para serem elaborados
O processo de elaboração de um aplicativo leva em média de 2 a 4 meses. Os requisitos para a produção de um software que informa receitas de café, por exemplo, estão relacionados às exigências dos fornecedores, como a Apple. “É preciso dominar muito bem a linguagem, conhecer a estrutura operacional. O aplicativo passa por avaliação e eles podem rejeitar se estiver fora dos padrões, entre eles o alto consumo de bateria”, disse.
Ele também afirmou que, além do talento e domínio da ferramenta, é preciso ter recursos adicionais para fazer um aplicativo profissionalmente, isso inclui testar vários modelos de sistema operacional antes de chegar ao produto final. “Essa parte toda deve ser pensada profissionalmente. Sempre temos que comprar um produto em lançamento para testar os aplicativos. Isso exige uma certa complexidade”, afirmou.
Atualmente, o aplicativo de maior sucesso desenvolvido pela Tap 4 é o de receitas do Café do Pina, que já passou dos 20 mil downloads. A empresa ainda está na fase de inovação dos produtos demandados pelos clientes, mas a intenção é produzir os aplicativos próprios, desde a concepção inicial para a produção e posterior elaboração dos softwares. “Vamos inovar mesmo quando desenvolvermos nossos próprios produtos e games para serem disponibilizados nas lojas virtuais”, salientou.
A ‘onda’ do mobile
O serviço inovador possibilita a abertura de oportunidades e demanda de mais clientes. Atualmente, a Tap 4 Mobile possui em torno de 30 clientes e já produziu mais de 30 softwares e aplicativos. Segundo Tapajós, o interesse dos investidores está ligado à “onda” do mundo mobile. “Assim como houve a onda tecnológica em 2000 – com a internet – hoje vivemos a onda do mobile. As empresas estão migrando dos sites para dentro dos aplicativos”, disse.
A tendência é que todas as empresas deste segmento aprimorem seus serviços. “Começa pelos grandes e vai descendo para os pequenos. Os que são mais ágeis no mercado ou mais arrojados chegam primeiro. São mais inovadores e, consequentemente, líderes do mercado”, completou Tapajós. Neste contexto, André afirma que a busca pela superação em inovar não deve ter fim. Para os aficionados por tecnologia, a empresa promete lançamentos de produtos até o final deste ano.
Fonte: Secti-AM/ Ciência em Pauta, por Vanessa Brito