InovAmazonas 2011 quer aliar empresas a Institutos de Pesquisa
09/06/2011 – Colocar frente a frente institutos de pesquisa e setor produtivo, estimulando-os à prática da inovação a partir das matérias-primas existentes na Região Amazônica é um dos objetivos do 2° Workshop Internacional de Inovação no Amazonas (InovAmazonas 2011), aberto na noite da última quarta-feira, 8 de junho, no auditório do Sesi, no Centro de Manaus.
O evento, realizado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), traz palestras sobre os mecanismos de apoio à inovação e orientações sobre como empresas inovadoras podem ter acesso aos investidores e aos investimentos fomentados pelas financiadoras públicas. As reuniões são abertas ao público e gratuitas.
Na solenidade de abertura, o titular da Sect, Odenildo Sena, explicitou a importância do evento na criação de um ambiente favorável entre a academia e o setor produtivo local, além de afirmar que não há contexto melhor para seu acontecimento. “Temos uma conjuntura bastante positiva ao crescimento da inovação com os investimentos do governo federal, financiadoras públicas, além de o tema estar em voga nas instituições ligadas à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)”, afirmou.
Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook
Sena disse ainda que o Amazonas possui um programa de Subvenção Econômica (Pappe/Subvenção), fruto de uma união entre a FAPEAM e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que foi feito visando à inovação e que o desafio de se avançar na área não é apenas da Região Norte ou do Brasil. “Muitos países da Europa também têm este desafio atualmente”, observou.
1ª Palestra trouxe avaliações e perspectivas sobre inovação para Indústria
Na primeira palestra da noite, o representante da Mobilização Empresarial pela Inovação da Confederação Nacional da Indústria, Paulo Mól Júnior, abordou os conceitos, objetivos e perspectivas do tema aos participantes.
Júnior ressaltou alguns pontos básicos para se fazer inovação num país, como mão de obra qualificada e premiação de funcionários por meritocracia. O palestrante explicou também que poucas empresas no Brasil investem em pesquisa de maneira sistematizada e que o País necessita de mais engenheiros especializados. “É uma realidade que precisa mudar. Há dados que demonstram que a cada 100 graduados apenas 10% são de engenharia. Nos EUA são 17%, Alemanha 30% e na Coreia 40%”, disse.
Evento tem apoio do Parev/FAPEAM
O InovAmazonas 2011 é vinculado ao Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos no Estado do Amazonas (Parev) da FAPEAM. De acordo com o diretor técnico-científico da Fundação, Jorge Porto, – além de fomentar C&T, um dos papéis da FAPEAM é investir em inovação. “O workshop tem o objetivo de fazer a ponte entre a academia e o empresariado local”, afirmou.
Para a chefe da Divisão de Propriedade Intelectual do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Rosângela Bentes, o InovAmazonas tem a missão de medir a distância existente entre a empresa e o setor produtivo para, em seguida, montar uma estratégia de ação para implantar melhorias. “Esse momento é importantíssimo. Devemos aproveitar ao máximo os dois dias de evento”, comentou.
O InovAmazonas continua até esta quinta-feira, 9 de junho. O encerramento está previsto para as 21h.
Redação: Fábio Guimarães – Agência FAPEAM