Inpa lança revista de divulgação científica


O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) apresentou ontem sua primeira publicação popular voltada para a comunidade em geral. A revista Inpa – Ciência Para Todos foi lançada no espaço cultural da Saraiva MegaStore do centro de compras Manauara Shopping, na zona Centro-Sul de Manaus.

A edição possui informações sobre mudanças climáticas, recursos madeireiros e genética de espécies, além de reportagens acerca de alternativas energéticas e educação ambiental. Com a sugestiva chamada de capa “Aqui se faz ciência”, a revista do Inpa será distribuída gratuitamente.

“A popularização das descobertas científicas é uma necessidade. Nós, cientistas, não podemos mais dialogar apenas em grupos fechados de discussão. A perspectiva da sociabilização da informação é obrigatória nos dias de hoje”, disse o diretor do Inpa, Adalberto Luis Val. “As parcerias da Fapeam (Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado do Amazonas) e Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect) auxiliaram na consolidação da revista e agora a meta é melhorar cada vez mais a publicação”, ressaltou.

O secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, José Aldemir de Oliveira, enfatizou que a revista é mais um veículo a ajudar no fortalecimento da difusão científica não apenas em território amazonense, mas na Amazônia. “É estratégica a posição do Inpa e enveredar por caminhos como esse que propiciam a ampliação dos públicos, é fundamental”.

O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Rogelio Casado, e os pesquisadores Wanderli Pedro Tadei e Estevam Monteiro de Paula, ambos do Inpa, também participaram do lançamento.

Na semana passada, a Fapeam divulgou o 12º número de sua revista de difusão científica, a Amazonas Faz Ciência. No início do mês de julho, está previsto o lançamento de uma publicação especial da Fundação em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Temas A matéria de capa da revista tratou sobre a aprovação, por parte do CNPq, de quatro Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) para o Amazonas. São eles o Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática (Adapta), o Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (Cenbam), o Instituto Nacional de Serviços Ambientais (Semvab) e o Centro Nacional de Pesquisas e Inovação de Madeiras da Amazônia (INCT-Madeira).

Outra reportagem de destaque ressaltou o trabalho das pesquisadoras do Inpa. Apesar de serem minoria, elas estão ganhando posição de destaque no cenário científico regional, a partir de levantamentos que buscam aliar técnica aplicada e investimentos robustos para a geração de produtos e processos.

No âmbito da geração de materiais de uso no cotidiano geral, uma reportagem sobre matérias-primas beneficiadas para gerarem tijolo, por exemplo, foi enfatizada. Com o título de As folhas que produzem chapa e tijolo, a informação foi tratada de modo a facilitar o entendimento popular acerca da nova forma de usar a natureza, sem degradação ambiental, em favor da sociedade.

Em favor do registro

No discurso de lançamento do primeiro número da Inpa – Ciência Para Todos, Adalberto Val defendeu a formação, em nível de graduação, dos profissionais que atuam na área jornalística. Segundo ele, esse é um requisito essencial à equilibrada prática de divulgação científica para o grande público. “Defendemos que cada vez mais haja profissionais com formação trabalhando no mercado”, pontuou o diretor do Inpa.

Anteontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não é mais necessário ter diploma de jornalismo, ou qualquer outra graduação, para o exercício da profissão no Brasil.

Renan Albuquerque, da Agência Fapeam 

 

 

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