Inpa realiza seminário do LBA
ina Luizão falará sobre o programa de treinamento e educação.
Entre os assuntos que serão abordados estão: "Cenários e Sustentabilidade para a Amazônia", cujo o moderador é o pesquisador Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT); "Mudanças de Uso da Terra e Planejamento Territorial", que terá como moderador Mateus Batistella, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (SP), e "Seca e Fogo na Amazônia", "Mudanças no Uso da Terra e Impactos Sobre os Ecossistemas Aquáticos" e "Interações entre Ecossistemas Terrestres e Atmosfera", que terá como moderador Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo (USP).
Hoje, depois de nove anos de pesquisas, um dos desafios científicos do LBA-2 é aumentar a participação de outros países da Bacia Amazônica, fazer com que as informações desta nova fase sejam levadas em conta nas suas políticas públicas, em especial quanto ao ordenamento territorial
da Amazônia e à adoção de práticas ambientais adequadas ao desenvolvimento da região. Com isso, a meta é fazer com que o desenvolvimento regional aconteça, paralelamente, à manutenção da floresta. Desta forma, será possível melhorar as condições de vida, a dignidade humana e o resgate da cidadania de milhões de brasileiros.
O que é o LBA
É uma das maiores experiências científicas do mundo na área ambiental. Ele é composto por um volumoso programa de estudos, liderado pelo Brasil e coordenado cientificamente pelo Inpa, com cooperação científica internacional, somando mais de 130 propostas diferentes de pesquisa, já executadas ou em execução. Essas pesquisas colocaram ao dispor das comunidades amazônicas, tanto nas esferas de governo federal quanto municipal, e dos cientistas do mundo todo, um enorme acervo de conhecimentos inéditos sobre a Amazônia. Nunca antes tantas novas informações sobre essa região do Planeta foram coletadas e sistematizadas num só programa de estudos.
As atividades científicas se iniciaram em 1998 por meio de acordos internacionais com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), National Science Foundation (EUA), Comissão Européia, Instituto Interamericano de Pesquisas sobre Mudanças Globais (IAI), além de organismos de países da Bacia Amazônica (Venezuela, Peru, Bolívia, Colômbia e Equador). Do lado brasileiro, o programa é financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT).
Benefícios gerados pelo LBA
As pesquisas desenvolvidas pelo programa comprovaram que os desflorestamentos e as queimadas aceleram o efeito estufa, reduzem a radiação solar para a fotossíntese das plantas em até 60%. Além disso, devido à fumaça, alteram o mecanismo de formação das nuvens e podem diminuir as chuvas na Amazônia e em outras partes do País ou mesmo do continente. Também foi constato que grandes concentrações de aerossóis das queimadas (e especialmente do carvão negro) na atmosfera, alteram os mecanismos de formação de nuvens na Amazônia, produzindo