Instituto identifica bactérias prejudiciais à piscicultura
05/02/2013- A piscicultura brasileira já sabe o caminho para reduzir o índice de mortalidade dos peixes cultivados em criadouros. Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) iniciou a identificação de bactérias causadoras de doenças em pirarucus, tambaquis e matrinxãs, que servirá como base para determinar as medidas preventivas para reduzir a mortalidade dessas espécies criadas em cativeiro.
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O estudo pioneiro foi desenvolvido nos últimos dois anos pela mestre em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva do Inpa, a pesquisadora Eliane Cardoso Carvalho, ao longo do projeto ‘Identificação fenotípica e molecular de bactérias patogênicas associadas à criação de peixes amazônicos’.
A pesquisa foi realizada com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) inicialmente como um projeto de graduação, por meio do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic), que teve continuidade no mestrado, concluído em 2012, com apoio do Programa Institucional de Apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu (Posgrad).
Segundo Eliane Carvalho, o conhecimento sobre espécies bacterianas patogênicas (causadoras de doenças) em peixes de interesse comercial, como no caso do pirarucu, tambaqui e matrinxã, é de extrema importância para garantir a diminuição das perdas econômicas dos criadouros. “As infecções são responsáveis por grandes perdas em criações intensivas, que muitas vezes apresentam índice de mortalidade que pode chegar a 100%”, disse.
Eliane Carvalho explicou que todas as espécies de peixes são suscetíveis a infecções. “Em peixes cultivados em criadouros, as enfermidades bacterianas ocorrem devido ao manejo não adequado, que leva à perda do muco, danos na superfície do animal, além de estresse”. Segundo a pesquisa, as bactérias dos gêneros Aeromoas, Cytophaga, Mycobacterium e Pseudomonas estão sempre nos tanques e a presença de fatores estressantes pode desencadear o aparecimento de doenças.
Para identificar as demais bactérias, até então não conhecidas, a pesquisadora disse que foram analisados 72 isolados bacterianos de peixes, que estavam armazenados na Coleção de Culturas de Bactérias Patogênicas de Peixes do Centro de Apoio Multidisciplinar (CAM), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Fonte: Portal D24am