Com apoio da Fapeam, Instituto Mamirauá busca contribuir para o empreendedorismo e a inovação no Amazonas
Um estudo, executado entre 2013 e 2014, analisou as tendências e os cenários prospectivos, as competências científico-tecnológicas existentes e as competências produtivas instaladas, além dos recursos naturais da região
Rico em biodiversidade, o Amazonas tem parte das suas atividades econômicas vinculadas ao aproveitamento dos recursos naturais. Pesca, agricultura, manejo florestal e turismo são alguns exemplos. Atenta ao potencial do interior do Estado, a Incubadora Mamirauá de Negócios Sustentáveis – projeto realizado pelo Instituto Mamirauá desde 2014, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), busca colaborar para o desenvolvimento da região, incentivando a inovação e o empreendedorismo.
A Incubadora é um projeto do Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Um estudo, executado entre 2013 e 2014, analisou as tendências e os cenários prospectivos, as competências científico-tecnológicas existentes e as competências produtivas instaladas, além dos recursos naturais da região. O material apresenta as vocações naturais de Tefé (AM) e do interior, como recursos florestais, pesqueiros, hídricos, de solo e de biodiversidade.
O documento destacou que o “estudo e uso sustentável da biodiversidade pode trazer importantes oportunidades de negócios na região”. A pesquisa foi realizada pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e identificou áreas com potencial, em relação ao desenvolvimento e ao fortalecimento de incubadoras em Tefé.
Josivaldo Modesto, coordenador do Núcleo de Inovação e Tecnologias Sustentáveis (Nits) do Instituto Mamirauá, ressaltou a importância de contribuir para uma aliança de parceiros, com instituições interessadas e engajadas no desenvolvimento da região, que poderá incentivar o potencial de empreendedorismo e inovação do interior.
“Podemos motivar oferecendo oportunidades de interação entre os empreendedores locais e as instituições de apoio e fomento de negócios nascentes no município, trazendo os empreendedores para dentro de um espaço de inovação, criando momentos de networking que favoreçam o surgimento de novas ideias e de novos negócios, não apenas no município sede da incubadora, mas também nos outros da nossa área de atuação”, disse Josivaldo.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é parceiro do Instituto Mamirauá no projeto. A gestora do Sebrae Tefé, Jeane Soeiro Alves, afirmou que “as incubadoras têm o papel de dar suporte técnico e gerencial às empresas nascentes, criar um ambiente de proteção nos primeiros anos e garantir que venham entrar e permanecer no mercado, que hoje é bastante competitivo”.
Atualmente, a incubadora avança nas primeiras etapas do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne). O Cerne é o atual modelo de gestão para incubadoras, que reúne quatro níveis de maturidade, o que, de acordo com Josivaldo, “representa um passo da incubadora para se posicionar como um ambiente de inovação que atua profissionalmente e gera resultados expressivos para o desenvolvimento de sua região e do país. Dessa forma, teremos pela frente uma série de práticas-chaves previstas no Cerne, que possibilitarão, em curto espaço de tempo, realizarmos pelo menos duas incubações em 2016”. A meta é que até 2017, o Instituto tenha o Cerne 1 implantado e certificado e o segundo já implantado.
Fonte: Amanda Lelis/Instituto Mamirauá
Foto: Edu Coelho