Interação entre academia e empresa é desafio para Amazonas


01/11/12 – O 1º Workshop de Inovação – Interação Academia/Empresa, que aconteceu nos dias 30 e 31 de novembro, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), contou com representantes de empresas e instituições de ensino e pesquisa para discutirem os rumos da inovação no Estado do Amazonas.

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Na programação, ocorreu a mesa-redonda com o tema ‘Políticas públicas no apoio à sinergia das ICTs e do setor produtivo – modelo ideal para a Amazônia’, com a participação da diretora técnico-científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Andrea Waichman.

Também participaram do evento, o representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), Dalton Vilela, a titular da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Nádia Ferreira, e o titular da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Eron Bezerra. O diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro de Paula, coordenou a mesa-redonda.   

Waichman disse que na atual conjuntura da inovação brasileira são necessárias ações governamentais que coloquem o Estado do Amazonas em um novo patamar de destaque no cenário nacional, em um novo estágio, criando assim, estruturas de inovação para competir no mercado internacional. A diretora disse ainda que somente a partir dessas ações é que o Amazonas alcançará o desenvolvimento da economia, na qual vai gerar renda e benefícios à sociedade.

“As iniciativas da Secti-AM e da FAPEAM estão alinhavadas junto ao Governo Federal, no contexto do Plano Brasil Maior e com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Ambas são consideradas de extrema importância para subvenção de recursos para micro e pequenas empresas para o apoio nos processos inovadores, criando meios de articulação entre Empresa e Academia, o que possibilitará o fortalecimento de uma relação estreita para alavancar de forma eficiente e com rapidez os processos de inovação”, comentou.

style=width:Ela salientou que nenhum país que alcançou o desenvolvimento tecnológico chegou a esse patamar sem a educação. Dentro dessa perspectiva e olhando as experiências de outros países, o governo estadual aposta em programas pioneiros como o Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos Humanos em Engenharias no Amazonas (Pró-Engenharias) e o Programa de Apoio à Fixação de Doutores em Tecnologia da Inovação na Amazônia Ocidental (Fixam Pro-TI).

Conforme Waichman, há ainda outras iniciativas tradicionais da FAPEAM com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic Jr.) e o Jovem Cientista Amazônida (JCA), realizado junto aos estudantes da rede pública de ensino a fim de que sejam melhores preparados na inserção no mercado de trabalho e os tornem no futuro empreendedores e competitivos em produtos inovadores.

Preparação de estudantes

O secretário adjunto da Secti-AM, Dalton Vilela, destacou o Programa Pró-Engenharias (FAPEAM/Secti-AM/Seduc) como exemplo de preparação de estudantes do Ensino Médio da rede pública para o ingresso na universidade.

Vilela disse ainda que o governo estadual investe no incremento da formação de recursos humanos como o fortalecimento de programas de pós-graduação e que essa ação está aliada ao governo federal.

“O Programa Ciências sem Fronteiras (CsF) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) privilegia esse tipo de formação que é fundamental para suprir deficiências tanto no polo naval quanto no industrial de Manaus”, afirmou Vilela.

Contexto da sustentabilidade

A titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Nádia Ferreira, presente no evento, explicou que somente a partir do conhecimento científico é possível compreender o contexto da sustentabilidade. A secretária disse que fazer ciência não é uma ação instantânea e os resultados serão percebidos a longo prazo e devem antenados às demandas locais, regionais e com as políticas públicas.

“Isso irá fazer com que estejamos afinados e fazendo valer todo o conhecimento que está contido nas instituições de ensino e pesquisa, para que possam chegar até os tomadores de decisão responsáveis de fazer política pública no Estado”, finalizou Ferreira.    

 

Sebastião Alves – Agência FAPEAM

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