Internet rápida chega via rio em regiões do Amazonas


Um dos maiores problemas que foi apontado pelos Coordenadores Regionais PCE, durante o I Encontro de Coordenadorias Regionais do Programa Ciência na Escola, foi a dificuldade de acesso à internet para conseguir ler, desde um simples e-mail até enviar relatórios técnicos e submeter os projetos. Mas, pelo menos uma parte desses municípios já pode ver a “luz no fim do túnel”, pois, o Exército Brasileiro e a Rede Nacional de Pesquisas (RNP) pretendem instalar cabos de fibra ótica no fundo dos rios da Amazônia para levar internet de alta velocidade a cidades ribeirinhas.

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Usar cabos subfluviais é a estratégia das duas entidades para conectar a região e deve integrar o Programa Nacional de Banda Larga, e, devido às peculiaridades da região amazônica, foi a solução escolhida pelos engenheiros, para driblar complicações de atravessar a floresta. “Como a população das cidades vive à margem dos rios, a rota de navegação e transporte é o rio. É a solução menos intrusiva”, comentou o General Decilio de Medeiro Sales, chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército.

Segundo a RNP, 94% das 7,5 milhões de pessoas que poderão ser atendidas pelo projeto são ribeirinhas. O plano é construir infovias (estradas eletrônicas onde pode transitar todo tipo de informação, na forma de texto, som ou imagem) de 7,8 mil km pelos rios Negro, Solimões, Purus e Juruá. O custo estimado é de R$ 1 bilhão e a previsão de conclusão é 2017.

Por dentro dos rios

As obras de implantação dos cabos de fibra ótica já começaram, com a conexão de dois postos militares em Manaus. A próxima fase vai ligar os 200 km entre Manaus a Coari, a um custo de R$ 15 milhões. Os recursos são do Exército.

Depois dessas obras, novos parceiros, como empresas de telecomunicações e o próprio governo, deverão aderir para injetar dinheiro e levar o projeto adiante. A Telebras já aderiu e fornecerá serviços à população. Eletronorte e Eletrobras negociam suas entradas. “É muito curioso ver como os problemas da região ainda não foram superados. É uma região de difícil acesso, mas há soluções”, diz Simões, da RNP.

Fonte: PCE

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