Lançada oficialmente a 23ª edição do Prêmio Jovem Cientista


Foi realizado, na tarde de ontem (10), na 59ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o lançamento oficial da 23ª edição do Prêmio Jovem Cientista. O tema do evento deste ano é Educação para reduzir as desigualdades sociais. Segundo a responsável pelo prêmio, Rita de Cássia da Silva, a meta é triplicar o número de inscritos da edição anterior.
    
Segundo Rita de Cássia, o evento é sintonizado com os problemas enfrentados pela sociedade. Ela explica que ele foi criado com o objetivo de revelar talentos e incentivar, nos jovens, a prática da pesquisa como meio de aprendizagem e produção de conhecimento.
    
Quanto à expectativa em relação ao número de participantes, Rita acredita que, por ser um tema multidisciplinar e abrangente, é possível que haja um recorde que bata o resultado de 2006, quando mais de 1.200 trabalhos foram inscritos. “O CNPq tem 55 mil bolsistas no país e no exterior, e nós estamos divulgando o prêmio para todos eles”, ressalta.   

 Edição anterior do prêmio

Após o lançamento oficial da nova edição do prêmio, os vencedores de 2006 realizaram uma breve exposição sobre os projetos agraciados no ano anterior. Milena Boniolo, vencedora da categoria Graduado, apresentou o trabalho “Uso da casca de banana para tratamento de efluentes radioativos”. A estudante constatou que a casca do fruto pode auxiliar na remoção de metais, como urânio, e de compostos orgânicos da água. Já Ericka Lima-Verde, da categoria Ensino Superior, realizou um estudo e analisou o impacto do reflorestamento de restingas sobre uma comunidade de borboletas. Por fim, Felipe Arditti, do Ensino Médio, falou sobre o Dispositivo Controlador da Emissão de Poluentes (Dcep) criado por ele.

Em entrevista ao Gestão C&T online, Boniolo explica que, em sua graduação, ela pesquisou o tratamento de água com nanotecnologia, o que, para ela, teve um custo alto. “Eu procurei, no mestrado e no projeto para o Prêmio Jovem Cientista, uma solução com um custo inferior”, explica. O estudo ainda está sendo realizado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), instituição associada à ABIPTI.

Para Lima-Verde, os resultados de seu estudo demonstraram que o reflorestamento não está conseguindo restabelecer uma comunidade natural [fauna e flora] semelhante à original, mas ainda faltam dois anos para o término da pesquisa. Já a conclusão do projeto de Arditti demonstra que o Dcep é um equipamento confiável e barato, já que o custo de fabricação do equipamento foi de R$ 45 e pode ser utilizado na avaliação de diversos motores a diesel. 
   
 “O prêmio dá bastante divulgação para os vencedores”, ressalta Boniolo. Após a premiação do Jovem Cientista, a pesquisadora recebeu uma bolsa de doutorado para dar continuidade ao seu projeto e convites para apresentar o estudo a bancos e indústrias do país.

Gestão C&T

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