Malária e tuberculose são alvos de preocupação de pesquisadores no AM

O segundo dia de atividades do “Seminário de Avaliação Final do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS)”, realizado nas dependências do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz da Amazônia), em Manaus, na última sexta-feira (14/05), terminou com apresentações dos resultados de pesquisas relacionadas às doenças transmissíveis, em especial, Malária e Tuberculose.

Entre os trabalhos apresentados, o destaque foi para a apresentação do projeto “Caracterização Molecular da Deficiência da G-6-PD em População de área Endêmica de Malária em Manaus”, coordenado pela mestra em Doenças Tropicais e Infecciosas, Mônica Regina Farias Costa.

A apresentação ministrada pela integrante do grupo do projeto, Marli Stelie Santana Maciel, explanou sobre o trabalho realizado para identificar uma enzima, denominada G-6-PD, nos pacientes portadores de malária oriundos das zonas Oeste, Leste e Norte de Manaus.

De acordo com Maciel, em 2009, o Amazonas registrou 99.438 casos da doença, sendo 19.675 somente na capital. “A deficiência da enzima pode desencadear certas complicações, como anemia, principalmente nas pessoas do sexo masculino”, alertou.

Estudos sobre tuberculose

Outro projeto que chamou a atenção dos avaliadores, compostos por representantes de varias instituições ligadas às saúdes local e nacional, foi o denominado “Análise de métodos bacteriológicos e moleculares na identificação de Cepas de Mycobacterium tuberculosis resistentes aos fármacos”.

De acordo com os comentários dos avaliadores, os resultados apresentados trouxeram importante contribuição para a área da saúde. Coordenada pelo mestre em microbiologia, Mauricio Morishi Ogusku, a pesquisa buscou identificar determinadas cepas da doença tuberculose, que são resistentes aos tratamentos convencionais. 

Para uma das avaliadoras do seminário, a doutora em saúde pública, Ana Lúcia Escobar, os projetos apresentados são de grande importância para a região e contribuem de forma significativa na área da saúde no Amazonas, pois colaboram com as autoridades na consolidação de políticas públicas do SUS sobre as doenças abordadas. “Tenho acompanhado esses grupos de pesquisas há bastante tempo, e iniciativas como essa da FAPEAM em parceria com o CNPq e as secretarias estadual e municipal de saúde devem ser sempre incentivadas”, afimou.

Carlos Fábio Guimarães – Agência Fapeam 

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