Manaus sedia Workshop com pesquisadores do Reino Unido e Brasil
O evento é fomentado pelo governo do Amazonas por meio da Fapeam em parceria do Conselho Britânico
Com objetivo de debater ideias sustentáveis para encontrar soluções de redução e combate à pobreza na região amazônica, utilizando serviços ambientais disponíveis na floresta amazônica como forma de gerar renda e desenvolvimento para as populações locais, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sediou, na manhã desta segunda-feira (20), o workshop “Apoiando Ecossistema Sustentável para o Alívio da Pobreza na Amazônia”.
O evento conta com apoio do governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com o Fundo Newton, do Reino Unido, que apoia pesquisas e atividades entre o Reino Unido e pesquisadores brasileiros. O workshop, que também conta com a parceria do Conselho Britânico, é realizado no auditório Rio Negro, no instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL-Ufam). O workshop segue até esta sexta-feira (24).
A diretora técnico-científica da Fapeam, Andrea Waichman, participou do debate inicial e ressaltou a importância da parceria. “Essa união é fundamental para aproximar competências entre o lado britânico e o Brasil, especificamente do Amazonas, além de tratar de uma temática que abrange serviços ambientais que podem ser utilizados para o combate à pobreza na Amazônia. Isso é essencial para gerar pesquisas e ações endereçadas a esse tema que comporá a nova matriz econômica do Estado”, disse Andrea Waichman.
De acordo com a coordenadora do workshop, Elenise Scheerer, esse primeiro encontro servirá, ainda, para nortear ações para futuros debates sobre o tema.
“Esse workshop está estreitando laços entre pesquisadores ingleses de várias Universidades do Reino Unido e pesquisadores brasileiros, com o intuito de dialogar sobre as mudanças dos ecossistemas amazônicos e a questão da pobreza, com o objetivo futuro de realizar uma pesquisa para tentar mudar o modo de vida das populações amazônicas com relação à sua melhoria de condição de vida”, disse Scheerer.
Para o assessor de Relações Internacionais da Ufam e pesquisador com apoio da Fapeam, Naziano Filizola, a Amazônia vive um isolamento geográfico em relação ao conhecimento. Segundo ele, eventos deste porte “abrem as fronteiras em relação as pesquisas nessa área”.
“Nós não conseguimos fazer pesquisa sozinhos. Temos de ‘abrir a cabeça’ para a realidade de outras Ciências que, muitas vezes, não estão aqui. Essa conexão que estamos tendo hoje vem para criar oportunidades e nos tirar dessa situação de isolamento acadêmico. Estamos buscando cumprir com a nossa missão de aumentar nossa conectividade acadêmica com outras Universidades mundo afora e a Fapeam é fundamental para que isso aconteça”, ressaltou Filizola.
Ada Lima / Agência Fapeam
Fotos: Érico Xavier / Agência Fapeam