Manaus terá centro especializado em quelônios de água doce
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e o Projeto Tartarugas da Amazônia: Conservando para o Futuro inaugurarão, nesta quinta-feira (12/02), em Manaus, o maior centro do mundo especializado em estudos de quelônios de água doce. Trata-se do Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia (Cequa), no Bosque da Ciência. O Cequa tem como objetivo desenvolver pesquisas, conservação de tartarugas e educação ambiental no Amazonas.
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De acordo com o coordenador do Projeto Tartarugas da Amazônia, o pesquisador do Inpa, Richard Vogt, o Cequa contará com uma estrutura capaz de dar apoio aos pesquisadores nos experimentos em lagos, praias para desova e incubadoras para os filhotes. Construído numa área de aproximadamente mil metros quadrados, o Cequa abrigará quatro aquários de 4 x 7 metros onde estarão expostos exemplares vivos de tartarugas amazônicas (tracajá, iaçá, cabeçudo, irapuca e mata-matá). Também haverá um ambiente de terrário com espécies menores, como jabuti machado, perema, lalá e muçuã, dentre outros.
Pesquisas

Visitantes do Cequa terão informações sobre a conservação, a ecologia e a biologia das espécies. (Foto: Divulgação)
O Cequa contará com um auditório com capacidade para 65 pessoas, um amplo laboratório para estudos das espécies de tartarugas amazônicas e uma biblioteca para pesquisadores e alunos dos programas de pós-graduação do Inpa vinculados ao projeto.
Em cada ambiente, os visitantes terão informações sobre a conservação, a ecologia e a biologia das espécies. Os recintos dos animais no centro simularão os hábitats da natureza, e com isso os visitantes poderão ter uma noção de como e onde eles vivem no bioma amazônico.
Aporte financeiro
Ao longo dos estudos referentes a quelônios amazônicos, Richard Vogt recebeu aporte financeiro do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) por meio dos Programas Integrado de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Pipt), de Apoio à Pesquisa (Universal Amazonas), de Apoio à Publicação de Artigos Científicos (Papac) e de Apoio à Participação em Eventos Científicos e Tecnológicos (Pape).
Nos estudos ‘Comunicação Subaquática Em Tartaruga da Amazônia, Podocnemis Expansa (testudines, Podocnemidae)’, realizado em 2017, e ‘Relacionar aspectos comportamentais sociais com sons gravados em cativeiro e em campo de tartaruga da Amazônia, Podocnemis Expansa (testudines, Podocnemidae)’, em 2010, ambos com recursos do Pipt, Vogt comprovou cientificamente, pela primeira vez no mundo, que as tartarugas se comunicam oralmente.
Agência FAPEAM,
com informações da assessoria de comunicação do Inpa