Marilene Corrêa diz que vai trabalhar para estruturar a UEA
A professora doutora Marilene Corrêa da Silva Freitas assumiu a reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) no dia 10 de maio. Antes de assumir o cargo, atuou como secretária de Estado de Ciência e Tecnologia e foi responsável pelo incremento da política estadual de ciência e tecnologia, transformando o Amazonas num dos estados mais respeitados nacionalmente nessa área. Como reitora da UEA, ela tem a missão de implantar a carreira definitiva de professores e funcionários da instituição. O prazo para isso, instituído por uma Lei Delegada, é de seis meses, mas a reitora afirma que ele pode ser estendido. Nesta entrevista, Marilene Corrêa fala de concurso público, investimentos na instituição e das escolhas de pró-reitores.
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A senhora já se inteirou de todos os assuntos da UEA, incluindo os problemas?
Dos predominantes sim. De todos não, porque eu preciso conhecer in loco. Eu já conheço todas as unidades da universidade, mas conheci em outras circunstâncias, como secretária de Ciência e Tecnologia, acompanhando o governador e vendo problemas pontuais. Mas eu penso que hoje, com a nova Lei Delegada e com a expectativa de implantação da carreira definitiva dos professores e funcionários, a UEA precisa ser vista com o olhar do futuro. Com o olhar de quem avançou muito e rapidamente, que é querida pela sociedade. Não há um município onde as pessoas não sintam a necessidade da presença e da continuidade da UEA. Então, mesmo que eu tenha conhecimento da maioria, e dos problemas estruturantes, nós precisamos vê-la sem benevolência, mas conscientes e com extrema responsabilidade do que temos que fazer.
Qual a importância da Lei Delegada nesse processo?
Ela vai nos permitir, primeiro, juntar o conjunto de orientações normativas da UEA, mantendo a tradição da sua criação. Por quê é importante essa memória? É importante lembrar que num determinado dia de 2001 houve a decisão política de criar a UEA. A partir desse momento o governo do Estado divide com o governo federal a responsabilidade de ter uma agência ou um aparelho formador de recursos humanos, de estruturas ocupacionais, de necessidades de mercado e de necessidade de suprimento de políticas públicas. Quando falamos que não temos médicos no interior, e falamos isso de forma muito generalizada, esquecemos que aqui é o quinto ou o sexto lugar de concentração de médicos da América Latina. E no Brasil, só quatro cidades têm mais médicos do que Manaus. Então, se esses processos, em sociedades mais avançadas, de concentração tanto de riqueza quanto de profissionalização aparece com mais tempo, aqui está aparecendo de forma mais acelerada. Talvez por conta do desenvolvimento econômico, talvez por conta da expansão das políticas públicas.
A senhora, quando falou da Lei Delegada, tocou na carreira definitiva para professores e funcionários. Qual percentual de professores a instituição vai alocar com esses dois primeiros concursos lançados recentemente?
Temos números absolutos. Em números absolutos a lei é muito clara e tem um prazo a ser cumprido: vão ser abertos 1.200 postos de trabalho; 200 funcionários a mais do que temos hoje e cerca de 1.000 professores. Quando a gente diz