Meio ambiente já sensibiliza jovens cientistas
Com o tema Gestão sustentável da biodiversidade: desafio do milênio, o Prêmio Jovem Cientista 2007 divulgou na manhã desta terça-feira (6) o nome de seus vencedores. Durante a solenidade, realizada em Brasília, Erney Camargo, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), fez uma homenagem às mulheres e sua expressiva participação no cenário mundial nos últimos anos.
Nesta 22º edição do prêmio veio à tona um sério problema da humanidade: como realizar o estudo e o aproveitamento de nossa natureza de maneira sustentável e com perspectivas para o futuro. Os trabalhos vencedores mostraram muito bem esta nova fase da pesquisa mundial, em que o meio ambiente, cada vez mais, vem sendo pensado e valorizado por nossos pesquisadores.
Na categoria Graduado, a pesquisa vencedora foi a de Milena Rodrigues Boniolo – do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), instituição ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Ela percebeu que um grande número de cascas de banana eram desperdiçadas no Vale do Ribeira, estado de São Paulo, e procurou utilizar as características fibrosas da fruta para realizar o tratamento de dejetos radiotóxicos.
Na categoria Estudante de Ensino Superior, a vitoriosa foi Ericka Lima Verde, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ericka fez um estudo de campo e analisou o impacto do reflorestamento de restingas sobre uma comunidade de borboletas. Os resultados do estudo demonstraram que o reflorestamento não está conseguindo restabelecer uma comunidade semelhante à original.
Pesquisa aplicada
O resultado da categoria Estudante de Ensino Médio foi uma grande surpresa. Com uma pesquisa estruturada e de resultados concretos, o jovem Felipe Arditti, da Escola Brasileira Israelita Chaim Nachman Bialik (SP), mostrou o protótipo de um novo método para análise de poluentes em caminhões.
O instrumento é capaz de detectar os níveis de monóxido de carbono na fumaça liberada. O dispositivo é instalado no cano de descarga dos automóveis e – por meio de análise direta da luz gerada – consegue definir uma escala de impureza. Dessa maneira fica estabelecida uma relação direta entre a luz gerada pela fumaça e os níveis de poluição gerados pelos caminhões.
No site do CNPq, os interessados podem conferir mais detalhes sobre os estudos e conhecer a lista completa de agraciados.
Assessoria de Imprensa do MCT