Modelo de avaliação pretende analisar capacidade de networking de incubadoras

Modelo de avaliação pretende analisar capacidade de networking de incubadoras, conforme estudo de doutorado. Foto: Divulgação.
Com o aumento da velocidade no fluxo de informações, hoje quanto mais conectado com outras organizações, mais chances de otimização dos serviços. É o chamado networking, que nada mais é do que a capacidade de estabelecer uma rede de contatos.
Para as incubadoras, micro ou pequenas empresas em desenvolvimento, quanto maior a rede de relações maior a capacidade de fortalecimento no ‘mundo dos negócios’. Por entender isto, a doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Danielly Inomata, está desenvolvendo um estudo para construção de indicadores da capacidade de networking das incubadoras no País com base em cenários regionais.
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O estudo, intitulado ‘Modelo de avaliação da capacidade de networking e os fluxos de informação de incubadoras de empresas de biotecnologia: um estudo multicaso’, é voltado para as empresas relacionadas à biotecnologia, mas os indicadores poderão ser aplicados às demais incubadoras.
A pesquisa recebe aporte financeiro do governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por meio do Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados do Estado do Amazonas (RH-Doutorado). O estudo está sendo desenvolvido desde 2013 e tem previsão de término para fevereiro de 2017.
“O objetivo da pesquisa é avaliar a capacidade de networking em incubadoras de empresas no Brasil, considerando diferentes cenários regionais, a partir da análise do fluxo de informação tecnológica que permeia os processos de inovação das empresas que desenvolvem produtos biotecnológicos”, informou Inomata.
Segundo ela, os indicadores levarão em conta aspectos sociais e econômicos da região em que a incubadora está instalada gerando, entre outros, uma melhoria nos serviços prestados e a modelação de cenários para otimização de processos de fluxo de informações que impulsionem a inovação nas incubadoras.
Por meio dos indicadores também será possível mensurar, por exemplo, a estrutura da rede de parceiros e as ligações que os atores mantêm ao longo do processo produtivo.
Suporte às incubadoras
Além de apoiar a realização de estudos voltados ao fortalecimento de micro e pequenas empresas, o governo do Estado, via FAPEAM, tem aportado recursos diretamente para as incubadoras para estimular a melhoria nos resultados, apoiar a estruturação de novas incubadoras e incentivar a interação visando ações conjuntas.
De 2012 a 2014, o governo do Estado, via FAPEAM, destinou R$ 3,7 milhões por meio de dois Editais do Programa de Apoio às Incubadoras (Pró-Incubadoras), para fortalecimento das incubadoras de empresa no Amazonas.
O último Edital (019/14) , lançado no final de 2014, está com submissão de propostas abertas até o dia 9 de fevereiro deste ano. As propostas devem ser enviadas pelo Sistema de Gerenciamento de Informações da FAPEAM (SigFapeam).
Estão sendo disponibilizados R$ 2 milhões para apoiar até 15 propostas com objetivo de fomentar a estruturação de novas incubadoras e desenvolvimento das incubadoras já existentes, de acordo com o Modelo do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne).
A divulgação dos resultados está prevista para o final de março deste ano, com implementação das propostas a partir de abril de 2015.
Camila Carvalho – Agência FAPEAM