Moradores de rua de Parintins são alvos de pesquisa de Pibic


Pesquisa Parintins

Estudo finalizou em julho deste ano e teve apoio da Fapeam

Realizada no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a pesquisa “Sem trabalho, sem teto: Análise das estratégias de sobrevivência das pessoas em situação de rua do município de Parintins”, teve como foco moradores de ruas do município parintinense, que costumam se concentrar na rua Armando Prado, na praça da prefeitura e no bairro da Francesa.

Concluído em julho deste ano, o estudo pretende contribuir para o aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas para moradores de rua. A pesquisa foi realizada pela estudante universitária do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Cassia Karimi Vieira Cativo, sob a orientação da professora Andreza Weill Gomes Weil.

Segundo a orientadora da pesquisa, o interesse pelo tema surgiu a partir da identificação do alto índice de pessoas que vivem na condição de morador de rua em Parintins. A proposta buscou contribuir com o poder público no aperfeiçoamento de políticas públicas e inclusão desses sujeitos na sociedade.

“O estudo foi desafiador, considerando que abordagem às pessoas em situação de rua não é algo simples, uma vez que estes se dizem cansados de sua invisibilidade diante da sociedade e do poder público”, relata a professora.

Pesquisa tem como propósito contribuir com a prefeitura municipal para a criação de políticas públicas para moradores de rua da cidade

De acordo com Andreza Weill, a partir do estudo foi possível chegar aos seguintes resultados: o município desconhece a realidade das pessoas em situação de rua e isso inviabiliza a efetivação da política nacional para esta população; desemprego, dependência química, rompimento dos vínculos familiares são os principais fatores que levam a pessoa a ir para as ruas.

“O estudo proporcionou visibilidade para tal situação e para que a política pública possa ser aplicada. Além disso, sensibiliza a população para a necessidade de uma organização social por meio de grupo de apoio a pessoas em situação de rua. Os resultados poderão ser usados para aperfeiçoamento e efetivação da política nacional para população em situação de rua”, destacou Andreza.

Para a graduanda em Serviço Social, Cassia Karimi, além de proporcionar uma experiência única no mundo da pesquisa, o Pibic também possibilitou a imersão dela no ambiente na qual pretende atuar no futuro. “Foi uma experiência satisfatória, uma vez que contribuiu para meu amadurecimento intelectual e profissional. Além disso, a pesquisa proporcionou o conhecimento da realidade onde futuramente irei atuar”, disse a universitária.

Francisco Santos – Agência Fapeam

Foto: Divulgação

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