Morte de células do fígado é documentada por pesquisadores do ICB


Quando células hepáticas começam a morrer, seja por doenças ou por estresse medicamentoso, seu material genético é jogado para fora e se espalha nos vasos do fígado. O fenômeno, identificado pela primeira vez, está descrito em artigo publicado na semana passada pela revista norte-americana Hepatology.

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Equipe responsável pelo trabalho. (Foto: Divulgação)

“Ninguém imaginava que o genoma se acumulava fora das células”, comenta o orientador da pesquisa, professor Gustavo Menezes, do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

Além de consequências imediatas no tratamento de pacientes com lesões hepáticas, o trabalho oferece modelo para desvendar processos similares em outros órgãos, como rim, pulmão, coração e cérebro. Desenvolvida em curso de doutorado e pós-doutorado pelos autores Pedro Elias Marques e André Gustavo Oliveira, a pesquisa está prestes a gerar depósitos de patentes que se referem a processos e, possivelmente, a uma nova formulação farmacêutica capaz de evitar que o sistema imune tenha ativação descontrolada ao se deparar com esses produtos de células mortas.

Todo o estudo está documentado em imagens, captadas também de forma inédita, com técnicas de microscopia intravital utilizando microscópio confocal. “Nesse trabalho, descrevemos o que acontece quando uma parte do fígado morre. Isso nunca tinha sido visualizado”, garante Menezes.

Segundo ele, foram produzidas imagens do processo em três níveis que se completam: dentro de animais vivos de maneira não invasiva; análises do fígado do animal por microscopia intravital; e da célula do fígado, esta última vista em cultura celular.

O esquema ao lado (à esquerda) mostra a estratégia experimental utilizada para descrever um novo fenômeno durante a falência hepática aguda. O acúmulo hepático de material genético oriundo de células mortas (DNA, aqui corado em verde) foi visualizado em animais de maneira não invasiva (à esquerda na imagem), e posteriormente em alta resolução por microscopia intravital confocal (ao centro). Para elucidar de maneira mais precisa os mecanismos, os pesquisadores isolaram células hepáticas (hepatócitos) e produziram imagens do mesmo fenômeno in vitro, em altíssima resolução (à direita).

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Fonte: Jornal do Brasil

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