Mudanças ambientais em Manaus norteiam debates em seminário de sustentabilidade


28/06/2011 – Em Manaus já é possível reciclar 3% do lixo existente na capital, 2% a mais que em São Paulo, metrópole que recicla apenas 1% do resíduos jogados. Essa afirmação foi feita pelo diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (Ipaam), Dr. Antônio Ademir Stroski, durante o Seminário “Indicadores e Cenários: Sustentabilidade Ambiental e de Saúde na Cidade de Manaus-Amazonas”, realizado desde esta segunda-feira ,27de junho, pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), na capital amazonense. A discussão fez parte da mesa de debates sobre ´Mudanças ambientais na cidade de Manaus´.

Na ocasião, Stroski falou, ainda, sobre o trabalho de reciclagem de resíduos, desenvolvido no aterro sanitário no Km-19 da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara).“Dentro dos desafios de gestão adequada dos resíduos, há a meta de reduzir os lixos que vão ser destinados aos aterros. Para tanto, é importante que cada um faça a reciclagem do lixo da sua casa, ajudando assim a evitar a proliferação e superlotação de lixo no aterro”, frisou.

Seminário

O evento contou com a participação de várias instituições de ensino e pesquisa, como: a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (Ipaam), o Comitê da Bacia do Tarumã-Açu, entre outros órgãos, que fizeram uma abordagem sobre reciclagem do lixo e meios de conservação dos rios de Manaus.

Dentre os temas de destaque do evento, a diretora-executiva do Comitê da Bacia do Tarumã-Açu, Eliane Veras, apresentou o programa que foi criado pelo Governo do Amazonas em outubro de 2009, no qual foi instituído oficialmente o Comitê na Região Norte. “O objetivo do Programa Bacia do Tarumã-Açu é promover o debate das questões relacionadas aos recursos hídricos da área da Bacia do rio Tarumã-Açu”, afirmou.

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O programa compreende uma área de 133.756,40 hectares e busca, ainda, arbitrar sobre os conflitos relacionados ao uso dos recursos hídricos na região, aprovar e acompanhar a execução do plano de recursos hídricos da bacia , entre outros. Atualmente localizam-se na bacia do Tarumã-Açu o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes; o aterro controlado de resíduos sólidos; o Sistema de Proteção da Amazônia; o II Polo Industrial de Manaus; a Ponta Negra; marinas e condomínios.

Segundo Eliane Veras, um dos maiores problemas é a situação da poluição que se acumula nos rios dos balneários, onde as pessoas vão tomar banho e jogam o lixo consumido na água, evitando assim, que seja feita a drenagem e dificultando a limpeza do rio.

“Já é feito um trabalho de limpeza pelas pessoas que moram ao redor desses balneários, pois eles são instruídos pelo Comitê da Bacia do Tarumã-Açu a colaborarem com a limpeza e preservação do meio ambiente, então eles colaboram com o nosso trabalho. Porém, o problema são os banhistas, que não têm consciência e jogam o lixo na água”, explicou a diretora.

 Foto1: Nefa Costa

Redação: Nefa Costa
Edição: Cristiane Barbosa
Agência FAPEAM

 

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