Mulheres garantem renda com a pesca do camarão no interior do Estado


15/01/2013 – Tradicional nos pratos regionais,como o tacacá e outras iguarias, o camarão é umas das fontes de renda dos ribeirinhos amazônicos.  É o que aponta a pesquisa intitulada ‘A Economia da Pesca no Município de Parintins’, desenvolvida pelo professor do curso de Recursos Pesqueiros  do Campus Parintins do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (CPA/Ifam),  Renato Soares.

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A pesquisa contou com a participação dos alunos do curso e da bióloga Mariane Gonçalves. O estudo recebeu apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por meio do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic).

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/cam2.jpgSoares explica que o estudo teve por objetivo levantar dados sobre a produção e a rentabilidade da pesca de camarão de água-doce efetuada, segundo um costume local, apenas por mulheres que habitam duas comunidades rurais do município de Parintins, localizado a 369 quilômetros a leste de Manaus. Isso porque é comum as moradoras das comunidades rurais praticarem a pesca desse tipo de crustáceo para gerar renda a partir da comercialização.

O professor explica que durante o ano de 2012, os envolvidos na pesquisa acompanharam diariamente a comercialização do camarão realizada pelas pescadoras das comunidades “Cá te Espero” e “Brasiliat”, no município de Parintins. De acordo com ele, os resultados foram satisfatrios.

"Por meio da pesquisa, conseguimos resultados interessantes em relação à rentabilidade dessa atividade, que é alta em relação à pesca comercial de peixes para abastecimento de feiras, efetuada em canoas motorizadas. Entretanto, são resultados somente de um ano de coleta e precisamos continuar o estudo para termos dados mais consistentes", adiantou.

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Ele acredita que a rentabilidade com o comércio do camarão poderia ser maior se as pescadoras tivessem acesso a uma tecnologia que facilitasse tanto a captura quanto a comercialiação do crustáceo.  "Vejo que a pesca do camarão poderia apresentar maior rendimento financeiro para as pescadoras, entretanto isso ainda não ocorre devido à utilização de baixo nível tecnológico tanto na captura quanto na comercialização do pescado, por exemplo, a pesca de indivíduos pequenos desvaloriza o preço de comercialização e não torna o produto atrativo. Por outro lado, a técnica de beneficiamento do camarão ainda  é realizada artesanalmente e nesse aspecto poderia ser melhorada, inclusive oferecendo ao mercado outro produto, como o camarão descabeçado, uma vez que hoje é ofertado somente o camarão salgado", explicou.

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/cam1.jpgPara o professor, o projeto já foi finalizado, mas vai ter continuidade, dessa vez abrangendo todos os aspectos da pescaria do camarão, inclundo também a parte da criação em cativeiro. "Essa pesquisa vai ser efetuada por um conjunto de professores pesquisadores do Ifam Campus Parintins e terá a duração de, aproximadamente, três anos para que possamos fechar um pacote tecnológico para a pesca, comercialização e criação do camarão da Amazônia", finalizou.

O resultado da pesquisa será publicado na revista científica Acta Scientiarum. Biological Sciences da Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Apoio da FAPEAM

O professor ressalta a importância da participação da FAPEAM por meio do apoio finaceiro para o aluno pesquisador. "O apoio incentiva o aluno a trilhar o caminho da pesquisa. O programa tem uma relevância muito grande para o desenvolvimento da pesquisa no interior do Estado", comentou.

Sobre o Paic

O Programa de Apoio  Iniciação Científica do Amazonas consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas institucionais, estudantes de graduação interessados no desenvolvimento de pesquisa em instituições públicas e privadas do Amazonas.

Rosa Doval – Agência FAPEAM

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