‘Mulheres que Brilham na Ciência’ apresenta entrevista com a professora Jaqueline Fernandes
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) apresenta entrevista com a professora de matemática da educação básica, Jaqueline Fernandes, uma das homenageadas na iniciativa “Mulheres que Brilham na Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas”, durante o evento “Café com Elas”, por sua trajetória profissional, enquanto pesquisadora do Programa Ciência na Escola (PCE).
O “Café com Elas” foi o evento de abertura de 2023 das atividades do Movimento Mulheres e Meninas na Ciência. No Amazonas, o Governo do Estado instituiu em seu Plano Plurianual 2020-2023, uma linha estruturante denominada “Meninas e mulheres na ciência e no empreendedorismo científico”, como política pública, na qual a Fapeam participa, para incentivar uma maior participação feminina na liderança de projetos científicos e, assim, contribuir para a redução das desigualdades de gênero na ciência.
Nesta edição, vamos conhecer a professora, Jaqueline Fernandes, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas (Seduc), homenageada por ser a pesquisadora do PCE que aprovou projetos nos últimos quatro anos (2019-2022), com a maior média de nota.
Jaqueline é especializada em Metodologia do Ensino da Matemática pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Desenvolve projetos de pesquisa no âmbito do Programa Ciência na Escola desde 2018.
Confira a entrevista!
Fapeam: Por que é necessário ter mais mulheres na ciência?
Jaqueline Fernandes: O mundo ainda está muito longe do ideal em vários aspectos e, um dos caminhos para chegar mais perto do perfeito seria a igualdade para homens e mulheres e, no quesito pesquisa em ciências, nós estamos atrás, por isso a necessidade de mais mulheres envolvidas nas pesquisas.
Fapeam: Quais foram os principais desafios enfrentados pela senhora para atuar no campo da Ciência?
Jaqueline Fernandes: Como professora, algumas dificuldades já vêm no pacote, mas o tempo para pesquisar é o principal. Você precisa tirar o tempo que seria da família (noite e finais de semana) para garantir que haja um bom funcionamento e progresso da pesquisa e, em alguns casos, outro aspecto da dificuldade seria a idade dos alunos (por serem muito pequenos em alguns casos). Mas tudo superável, com carinho e dedicação.
Fapeam: Como a sociedade civil também pode contribuir para formação de futuras cientistas?
Jaqueline Fernandes: Desestruturando o pensamento machista que perdura na sociedade, que alguns trabalhos são para homens, e colocar na cabeça das meninas e mulheres que elas podem ser e fazer o que quiserem, que elas têm capacidade de assumir responsabilidades e tomar decisões.
Fapeam: Como cientistas mulheres podem inspirar futuras pesquisadoras?
Jaqueline Fernandes: Sim, a começar pelo incentivo à vontade de pesquisar, este deve ser o primeiro passo. Desenvolver a vontade de pesquisar sobre algo, ou querer resolver algo que não está bem na sociedade, são ideias que devem ser motivadas desde cedo nas alunas. Essa vontade tem que ser motivada para aparecer e fazer a diferença num futuro próximo.
Por: Tiago Auzier – Decon/Fapeam
Fotos: Érico Xavier – Decon/Fapeam