Na Amazônia, instalação de equipamento vai coletar dados ambientais


Pesquisadores e técnicos de várias instituições reuniram-se para dar início aos projetos que têm por objetivo coletar dados ambientais, através do aeróstato, bem como ampliar sistema de telecomunicação em áreas remotas. Foto: Josivaldo Modesto

Um balão mais leve que o ar, inflado por gás Hélio e ancorado por um sistema de cabeamento, chamado de aeróstato, será instalado na Amazônia em áreas de atuação do Instituto Mamirauá. Para isso, pesquisadores e técnicos de várias instituições reuniram-se no período de 01 a 04 de agosto para dar início aos projetos que têm por objetivo coletar dados ambientais, através do aeróstato, bem como ampliar sistema de telecomunicação em áreas remotas.

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Os projetos Artes (Aeróstato Remoto de Telecomunicação e Sensoriamento) e Acampar (Aplicação no Campo de Plataformas Avançadas de Sensoriamento Remoto) serão executados pelo Instituto Mamirauá, Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer e a empresa Ômega Aerosystems. Os projetos são financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

O projeto Artes contempla a construção e implantação de um aeróstato ancorado em um ponto na região de atuação do Instituto Mamirauá, com as funções de monitoramento de biodiversidade (por sensores e redes de sensores) e de telecomunicação (para recebimento da programação de aquisição de dados e envio das informações sensoriais adquiridas).

“Aeróstatos possuem confiabilidade e resistência a incidentes atmosféricos compatíveis com as torres de comunicação e podem hospedar diversos tipos de sensores, ao mesmo tempo em que proveem uma infraestrutura de telecomunicações para a região ao seu redor”, afirmou José Reginaldo Hughes Carvalho, professor da Universidade Federal do Amazonas. Já o projeto Acampar busca viabilizar as interações dos pesquisadores envolvidos para a especificação de missões de observação aérea e monitoramento ambiental nos estudos de caso a serem realizados pelo Instituto Mamirauá.

Para Josivaldo Modesto, Coordenador do Núcleo de Inovação e Tecnologias Sustentáveis do Instituto Mamirauá, os sistemas fixos do tipo aeróstato podem ser usados tanto para a aquisição de informações ambientais como para estabelecer uma zona de comunicação na área de abrangência das ações do Instituto Mamirauá. “Com esses projetos, vamos ampliar a infraestrutura de torres já instaladas em Tefé e nas Reservas Mamirauá e Amanã, servindo também como solução de baixo custo para o oferecimento de serviços de telecomunicações e de inclusão digital às populações dessas Unidades de Conservação”.

Os projetos Artes e Acampar estão diretamente relacionados a outro projeto de desenvolvimento de veículos aéreos: o projeto Droni (Dirigível Robótico de Concepção Inovadora). “O projeto Droni abrange um protótipo inovador de dirigível, dotado de quatro propulsores elétricos vetorizáveis e infraestrutura robótica mais estratégias de controle e navegação, validando o conceito em aplicações piloto de cunho ambiental na área de atuação do Instituto Mamirauá”, afirmou o coordenador geral do projeto, Dr. Samuel Siqueira Bueno, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI).

A proposta será apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e envolve igualmente a Universidade Federal do Amazonas, a empresa Ômega Aerosystems e o Instituto Mamirauá.

Fonte: Instituto Mamirauá

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