Na trilha do conhecimento


18/04/2013 – O incentivo do Governo Estadual, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), aos estudantes que anseiam desenvolver sua carreira profissional no campo da pesquisa científica tem gerado resultados positivos na formação do capital intelectual do Amazonas.

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A doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte), Maria Dolores Pinheiro Fonseca, tem sua história incluída nesses bons resultados.

Os primeiros contatos de Fonseca com o universo da pesquisa ocorreram quando ela ainda era graduanda em Engenharia Florestal, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), sob a orientação do professor Ademir Castro Silva.

“O universo da microbiologia despertou meu interesse, o que permitiu a aquisição da minha primeira bolsa de estudos pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (Pibic). Naquela época, denominado de Profic, da FAPEAM, de 2003 a 2005”, lembrou a doutoranda.

Após a graduação, Fonseca ingressou no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), por meio
do Programa Primeiros Projetos (PPP) da FAPEAM, e começou a desenvolver estudos relacionados a fungos degradadores e amolecedores de madeira, que tinham no Centro de Pesquisa e Produtos Florestais (CPPF) o espaço ideal para a execução da pesquisa.

Em 2007, ela ingressou no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e tornou-se bolsista do Programa Institucional de Apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu (Posgrad), da FAPEAM. Atualmente, a doutoranda realiza suas pesquisas na área de biotecnologia de fungos da Amazônia.

Em relação ao apoio dado pela Fundação, Fonseca disse que “antes de mencionar qualquer coisa, a FAPEAM sempre foi uma verdadeira parceira de sua vida acadêmica, da graduação até o doutorado”.

Segundo a doutoranda, o apoio da FAP foi essencial e, sem ele, talvez ela estivesse fora da pesquisa. “Não estaria cursando meu doutorado sem a bolsa do Posgrad da FAPEAM, possivelmente estaria dedicando-me a uma outra atividade sem ser a pesquisa”, completou.

Segundo a doutoranda, seus estudos desenvolvidos durante esses anos têm contribuído para o desenvolvimento da pesquisa no Estado do Amazonas. Para ela, de certa forma, os investimentos na pesquisa retornam positivamente à sociedade, inferindo na melhoria de áreas como a saúde. Fonseca cita como exemplo dessa melhoria a aplicação de fungos em larvicidas do mosquito da dengue ou da malária.

Entusiasmada com o doutorado, ela exemplifica a possibilidade da descoberta de um extrato com um princípio ativo que possa matar as larvas do mosquito da dengue e da malária, o que traria uma contribuição extraordinária para o Amazonas. “A FAPEAM, com todo o suporte oferecido, desenvolve ações que possibilitam um leque de descobertas ao pesquisador, estando à frente da pesquisa científica realizada no Amazonas”, disse.

Segundo ela, antes da criação da Fundação, o pesquisador tinha dificuldades para desenvolver projetos de pesquisa no Amazonas, o que o forçava a competir nos centros de pesquisa mais avançados do sul e sudeste do País, com pesquisadores com nível de experiência bem maiores que os da região possuem.

Para ela, a qualificação de muitos pesquisadores adquirida nos últimos anos se deu graças à FAPEAM. “Era muito difícil, ou se trabalhava ou estudava. A minha opção era trabalhar e não estudar. A oportunidade surgiu no momento em que eu tinha tempo para dedicar-me à pesquisa e é o que eu faço. Eu não teria tempo para pesquisar se estivesse trabalhando”, afirmou.

Sobre a Rede Bionorte

O Programa de Pós-Graduação de Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte visa à formação de doutores nas áreas de biotecnologia e biodiversidade na região amazônica.

A proposta do PPG-Bionorte está baseada no tripé: biodiversidade – biotecnologia – conservação, e na convicção de que o melhor conhecimento da biodiversidade contribuirá para o desenvolvimento da biotecnologia e que ambas serão extremamente importantes para a conservação do Bioma Amazônico.

Sebastião Alves – Agência FAPEAM

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