Navegar Amazônia apresenta resultados de expedição pelo Amazonas
Projeto criado pelo cineasta Jorge Bodanzky quer criar canal de televisão na internet para divulgar a produção audiovisual de comunidades ribeirinhas
O projeto Navegar Amazônia vai lançar um canal audiovisual na internet, a TV Navegar, para divulgar o conteúdo gerado nas oficinas de produção de vídeo e de fotografia realizadas em comunidades ribeirinhas na Amazônia. A expectativa é que os jovens envolvidos no projeto apresentem os resultados das suas atividades e interajam com outras experiências desenvolvidas no âmbito das Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) no Brasil.
A informação foi divulgada pelo cineasta Jorge Bodanzky, coordenador do projeto Navegar Amazônia, durante programação do 5º Amazonas Film Festival, realizado de 7 a 14 de novembro, em Manaus.
O Navegar Amazônia é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que percorre os rios da Amazônia em um barco regional equipado com tecnologia digital de comunicação e internet banda larga por satélite, realizando oficinas de produção de fotografia e de vídeo em comunidades ribeirinhas.
“Os planos de expansão do projeto incluem a criação da TV Navegar, que pretende gerar conteúdo audiovisual produzido pelas comunidades que receberam capacitação nas oficinas do projeto diretamente para a internet através de conexão de internet de banda larga”, explica Bodanzky.
Em setembro, moradores de comunidades na região da reserva de desenvolvimento sustentável de Mamirauá, no estado do Amazonas participaram de oficinas de produção de vídeo e de fotografia, além de arte circense, oferecidas pelo Navegar Amazônia.
“Ao publicar os vídeos na internet, posicionam essas comunidades na sociedade da informação e divulgamos o trabalho realizado por eles”, avalia o cineasta.
Projeto
Além da capacitação para a produção de suas próprias imagens, o projeto também oferece oficinas em diferentes áreas artísticas, como música, artes-plásticas e circo, com diferentes convidados a cada viagem do barco.
Segundo o cineasta Jorge Bodanzky, o barco é um símbolo de uma iniciativa que pretende oferecer aos moradores das comunidades ribeirinhas da Amazônia a possibilidade de integração à sociedade da informação através da democratização do acesso à tecnologia digital da comunicação.
O projeto surgiu no estado do Amapá, realizando sua primeira expedição em agosto de 2000, rumo ao Arquipélago do Bailique, onde permaneceu realizando trabalhos de inclusão digital com as comunidades ribeirinhas até 2002. Ganhou amplitude após receber apoio do Ministério da Cultura, tornando-se um ponto itinerante de cultura, quando passou a percorrer os rios da Amazônia.
O barco Navegar Amazônia já passou pelas localidades de Abaetetuba (PA), Afuá (AP), Belém (PA), Curiaú (PA), Tauerá-açú (PA) e Rio Arrozal (PA). As viagens para a reserva de desenvolvimento sustentável de Mamirauá são as primeiras ações do projeto no estado do Amazonas.
Agência Fapeam