Nome dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química e de Física é divulgado


06/10/2011 – O prêmio Nobel de Química de 2010 foi entregue ao químico norte-americano Richard Heck e aos japoneses Ei-Ichi Negishi e Akira Suzuki por desenvolverem técnicas que permitem a criação de novas moléculas de carbono, mais complexas que as existentes na natureza, informou na última quarta-feira a Fundação Nobel, em Estocolmo.

A Real Academia de Ciências da Suécia, responsável pelo prêmio, destacou as contribuições dos três cientistas no uso do paládio, metal comum na rotina da odontologia, para facilitar a ligação química entre carbonos. O processo é conhecido como acoplamento cruzado catalisado por paládio.

Dez milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,5 milhão, serão divididas entre os três químicos. Nesta semana, já foram anunciados os prêmios Nobel de Medicina e de Física. Os próximos serão o de Literatura, da Paz e de Economia.

Confira aqui os dez últimos premiados com o Nobel de Química

Um dos empregos mais conhecidos do paládio como agente para facilitar a ligação entre carbonos está na criação da diazonamida A, eficaz contra células cancerígenas no colo de útero.

“A humanidade precisa de novos medicamentos para tratar o câncer ou dar conta dos efeitos devastadores de vírus mortais. A indústria eletrônica busca substâncias para emitir luz e a agrícola quer material capaz de proteger as colheitas”, disse o comitê organizador.

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Síntese orgânica
Para criar materiais complexos, os cientistas precisam unir átomos de carbono, o elemento base da química orgânica.

Antes das reações criadas por Heck, Suzuki e Negishi, fazer moléculas simples de carbono era possível, mas o problema surgia com compostos mais complexos. Muitos materiais indesejáveis surgiam nos tubos de ensaio com o emprego das técnicas antigas.

Após a pesquisa dos três químicos, o paládio passou a servir como meio para unir átomos de carbono de forma mais fácil, sem produtos em sobra.

Compostos de carbono são encontrados na coloração das flores, no veneno de cobras e até mesmo em substâncias como a penicilina, o mais famoso dos antibióticos existentes. Na indústria, a síntese orgânica tem emprego no tratamento do câncer, na área eletrônica e na agricultura.

O cientista americano Brian Schmidt, um dos agraciados com o Prêmio Nobel de Física deste ano, afirmou na quarta-feira em Canberra que este reconhecimento é uma conquista para o recente desenvolvimento da astronomia.

Prêmio Nobel de Física

A Real Academia Sueca de Ciências premiou na última terça-feira os cientistas americanos Saul Perlmutter, Adam Riess e Brian Schmidt, que de forma paralela chegaram em 1998 à conclusão que o universo se expande cada vez mais rápido.

“Achamos que o Nobel é uma conquista pessoal, mas na realidade é uma realização da astronomia e da ciência que veio se desenvolvendo nos últimos 100 anos”, explicou Schmidt à imprensa na capital da Austrália, onde realiza parte de seu trabalho no observatório de Mount Stromlo. Schmidt, que reside na Austrália desde 1994, ressaltou que o prêmio serve para reconhecer o trabalho que realiza neste país no campo da astrofísica.

O novo Nobel, que leciona na Universidade Nacional Australiana, espera que a láurea permita “o avanço da ciência na Austrália e inspire os jovens cientistas”, e antecipou que, após consultar os outros agraciados, pensa destinar o dinheiro a “alguma classe de obra social”.

O acadêmico explicou à imprensa que no início achou que era uma piada a ligação de uma mulher com sotaque sueco que o parabenizava por ser um dos ganhadores do prêmio na categoria de Física.

Diversos cientistas partiram da teoria da relatividade de Einstein para demonstrar através das observações realizadas na década de 1920 que o universo estava em expansão.

Até o fim do século 20, os cientistas acreditavam que a gravidade desacelerava o crescimento do Universo, mas “achamos o contrário, que o Universo se expande com rapidez”, explicou Schmidt. “Ao descobrir um Universo que se expande com rapidez, nossa equipe na realidade descobriu que 75% do Universo corresponde a esta coisa mágica chamada energia negra”, acrescentou o cientista.

Na quarta-feira, a primeira-ministra australiana, Júlia Guillard, disse que o prêmio deixa todos os australianos orgulhosos da “qualidade mundial” de seus pesquisadores.

Fonte: Portal G1 e Portal Terra

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